A meta global de proteger 30% dos oceanos até 2030 enfrenta sérias dificuldades, com menos de 10% das áreas marinhas protegidas efetivamente resguardadas. A pesca comercial foi autorizada em uma área marinha protegida do Pacífico, e apenas 2,04% dos mares da União Europeia têm planos de gestão adequados, evidenciando a ineficácia das AMPs.
A meta global de proteger 30% dos oceanos até 2030, estabelecida em 2022 por 196 países, enfrenta sérias dificuldades. Especialistas afirmam que menos de 10% das áreas marinhas protegidas (AMPs) estão efetivamente sob proteção. O biólogo marinho Lance Morgan, diretor do Marine Conservation Institute (MCI), destaca que a meta é difícil de ser alcançada, especialmente com países como os Estados Unidos retrocedendo em suas políticas de proteção.
Recentemente, um decreto do ex-presidente Donald Trump autorizou a pesca comercial em uma AMP do Pacífico, evidenciando a fragilidade das AMPs. Atualmente, as 16.516 AMPs declaradas representam apenas 8,36% dos oceanos. A proteção varia, com algumas áreas proibindo toda forma de pesca, enquanto outras não têm regulamentação. Apenas um terço das AMPs oferece proteção suficiente para garantir benefícios à biodiversidade e à pesca.
O pesquisador Joachim Claudet, do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), ressalta que as AMPs não foram criadas exclusivamente para proteger a biodiversidade, mas também para aumentar a pesca. Daniel Pauly, professor da Universidade de Columbia, explica que áreas bem protegidas podem exportar peixes para regiões desprotegidas, um fenômeno conhecido como 'spillover'. Esse efeito é crucial para a regeneração das populações de peixes.
Um estudo de 2022 publicado na Science revelou um aumento de 54% na pesca de atum-amarelo nas bordas de uma AMP no Havaí, onde a pesca é proibida. No entanto, apenas 2,7% do oceano mundial está sob proteção total ou alta, frequentemente em áreas remotas. Na Europa, 90% das AMPs ainda permitem a pesca de arrasto, uma prática destrutiva que compromete a saúde dos ecossistemas marinhos.
Dados da Oceana indicam que a pesca de arrasto foi praticada por 17.000 horas em AMPs francesas e 20.600 horas nas do Reino Unido em 2024. Um relatório do WWF revela que apenas 2,04% dos mares da União Europeia têm planos de gestão adequados, muitos dos quais não incluem medidas efetivas de proteção. Jacob Armstrong, do WWF, alerta que as ações governamentais devem ser concretas para que as AMPs não se tornem apenas marcas no mapa.
Com a acidificação dos oceanos, a presença de microplásticos e a pesca predatória, a situação dos oceanos é alarmante. A proteção efetiva das AMPs é essencial para a saúde marinha. A sociedade civil pode desempenhar um papel fundamental em apoiar iniciativas que promovam a proteção dos oceanos e a recuperação de ecossistemas ameaçados, garantindo um futuro sustentável para as próximas gerações.
Empresas intensificam ações sustentáveis no Dia Mundial do Meio Ambiente, promovendo iniciativas como exposições e reflorestamento, refletindo um compromisso com a conservação ambiental. O Parque Bondinho Pão de Açúcar e a Norte Energia destacam-se com atividades educativas e programas de reflorestamento, enquanto a Andrade Gutierrez reduz resíduos em projetos internacionais. A Orla Rio participa de eventos de conscientização, reforçando a importância da preservação dos oceanos.
A Nestlé Brasil firmou parcerias com a re.green e a Barry Callebaut para restaurar 8.000 hectares e plantar 11 milhões de árvores na Bahia e Pará, visando a sustentabilidade e a redução de emissões até 2050. As iniciativas prometem regenerar ecossistemas e fortalecer a cadeia produtiva do café, com compromissos de preservação de longo prazo.
O governo brasileiro anunciou o IPI Verde, que entrará em vigor até 2026, oferecendo isenções fiscais para veículos menos poluentes, como o Fiat Mobi e o Renault Kwid, mas com incertezas sobre repasse de custos.
Uma pesquisa do INCT ReDem revela que a maioria dos brasileiros prioriza a conservação ambiental em relação ao desenvolvimento econômico, embora a inclusão do emprego diminua essa preferência. A pesquisa destaca a necessidade de políticas que integrem sustentabilidade e geração de renda.
O Ibama participou do VI Congresso da SRA-LA 2025 em Curitiba, discutindo gestão de riscos e mudanças climáticas com especialistas da América Latina. O evento promoveu soluções em políticas públicas e educação ambiental.
A meteorologia moderna vai além da previsão do tempo, integrando inteligência climática em setores como agricultura e logística, especialmente após abril ser o segundo mais quente em 176 anos. Eventos climáticos extremos exigem ações estratégicas para mitigar riscos e proteger vidas.