Belém se prepara para a COP30 com R$ 5 bilhões em obras de infraestrutura, mas enfrenta críticas pela construção da Avenida Liberdade em área ambientalmente sensível.
Belém, capital do Pará, está em meio a um intenso processo de obras para se preparar para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em novembro. A cidade, que espera receber cerca de 60 mil visitantes, está investindo em infraestrutura de transporte, saneamento e espaços de lazer. No entanto, a população local se preocupa com a permanência dos benefícios dessas melhorias após o evento.
Desde a cúpula dos países amazônicos em 2023, a pressão sobre os governos locais aumentou para que os investimentos se traduzam em um legado duradouro. O governador Helder Barbalho (MDB) destacou que as obras no Parque Linear da Nova Doca estão avançadas e prometeu que tudo estará pronto para a COP30. O governo federal anunciou um investimento de R$ 980 milhões apenas para o novo Parque da Cidade, que será o principal espaço do evento.
O total de recursos destinados à preparação de Belém para a COP30 é estimado em R$ 5 bilhões, provenientes de diversas fontes, incluindo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Itaipu Binacional. As obras em andamento incluem cerca de trinta projetos, com foco em saneamento e melhorias viárias, como a renovação da frota de ônibus e intervenções no Complexo do Ver-o-Peso.
Entretanto, a construção da Avenida Liberdade, que interligará o centro de Belém a Ananindeua, gerou controvérsias. Ambientalistas criticam a obra por cortar uma área de proteção ambiental. O governo estadual se comprometeu a compensar o impacto ambiental, enquanto o governo federal se distanciou da responsabilidade pelo projeto, gerando descontentamento entre os moradores.
O prefeito Igor Normando (MDB) tem enfatizado a importância das obras de saneamento em áreas periféricas, como o canal São Joaquim, que frequentemente sofre com alagamentos. A prefeitura está implementando um duto secundário para melhorar a drenagem e, com recursos de Itaipu, ampliando a capacidade de cooperativas de reciclagem de lixo, especialmente nas ilhas fluviais que cercam a cidade.
Além disso, a estrutura da COP30 será em grande parte modular, com algumas instalações permanentes, como um centro gastronômico e um prédio voltado para bioeconomia. A união de esforços entre as esferas de governo é crucial para garantir que os investimentos resultem em melhorias duradouras. A mobilização da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a sustentabilidade e o desenvolvimento local, garantindo que os benefícios das obras se estendam além do evento.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu a emergência em dez cidades da Paraíba devido à estiagem, permitindo acesso a recursos federais para assistência. As prefeituras podem agora solicitar apoio para fornecer alimentos e água à população afetada.
Pesquisadores da Coreia do Sul desenvolveram uma tecnologia que converte resíduos plásticos em hidrogênio limpo utilizando luz solar e água, prometendo reduzir a poluição e gerar energia renovável. O sistema fotocatalítico inovador, criado pelo Instituto de Ciências Básicas e pela Universidade Nacional de Seul, se destaca por sua estabilidade em diversas condições ambientais.
Em maio de 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou sua pior crise ambiental, com chuvas que afetaram 2,3 milhões de pessoas e resultaram em 173 mortes, revelando falhas na gestão urbana e ambiental. Pesquisadores do Cemaden e da Unesp publicaram um estudo que analisa as causas da tragédia, destacando a combinação de eventos climáticos extremos e urbanização desordenada.
Iniciativa privada na Amazônia avança em práticas sustentáveis, destacando bioeconomia e tecnologias sociais, com apoio de líderes como Alex Dias de Carvalho e João Meirelles.
Pesquisadores do Centro de Pesquisa em Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC) revelaram dados sobre mais de 257 mil microrganismos associados a plantas Velloziaceae nos campos rupestres brasileiros. O estudo, publicado na revista Scientific Data, destaca a importância das interações microbianas na adaptação das plantas a ambientes extremos, como solos pobres em nutrientes e períodos de seca. As informações estão disponíveis em repositórios abertos, promovendo novas pesquisas e soluções biotecnológicas para a agricultura.
O Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em até 67% até 2035, com foco na erradicação do desmatamento e reflorestamento, segundo Newton La Scala, da Unesp. A queda de 30% no desmatamento em 2023 é um passo significativo para alcançar a neutralidade climática até 2050.