Cidades brasileiras, como Caxias do Sul, Crato e Aracruz, estão adotando projetos inovadores para enfrentar as mudanças climáticas, com foco em reflorestamento e restauração de manguezais. Essas iniciativas visam aumentar a resiliência das comunidades e proteger a população.
As mudanças climáticas têm gerado desafios significativos para diversas cidades brasileiras, que buscam soluções para proteger suas populações. Recentemente, cidades como Caxias do Sul, Crato e Aracruz têm se destacado por implementar projetos inovadores de adaptação e mitigação, com o objetivo de aumentar a resiliência climática.
Caxias do Sul, no Sul do Brasil, foi severamente afetada por fortes chuvas que causaram deslizamentos, resultando em oito mortes e 220 famílias desalojadas. Em resposta, a cidade se uniu ao programa Cidades Verdes e Resilientes, da C40 Cities, e investiu mais de R$ 1 milhão em um estudo geotécnico no bairro Galópolis. Este estudo fundamentará o Plano Municipal de Redução de Riscos e subsidiará o Plano de Ação Climática, que inclui a ampliação de piscinões e uma nova rede de drenagem com investimento de R$ 58 milhões.
No Semiárido do Nordeste, Crato, no Ceará, adota uma abordagem que combina conservação, reflorestamento e participação comunitária. A cidade controla a especulação fundiária em áreas sensíveis e utiliza espécies nativas para reflorestamento, produzindo anualmente cerca de 100 mil mudas em um viveiro local. O secretário municipal de Meio Ambiente, George Borges, destaca que a população participa ativamente do plantio, contribuindo para a recuperação ambiental.
Aracruz, no Sudeste, também se destaca com um projeto de restauração de manguezais, em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O projeto visa recuperar 200 hectares de mangue, que foram degradados por drenagem e salinização. A bióloga Mônica Tognella, coordenadora do projeto, explica que a equipe investiga as causas da morte das plantas e realiza estudos sobre o estoque de carbono e a vazão dos rios, enquanto a Secretaria de Meio Ambiente contribui com a construção de pequenas barragens para captar água das chuvas.
Essas iniciativas demonstram que há um potencial significativo para ações municipais que visam mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Os prefeitos, que estão mais próximos das necessidades da população, têm um papel crucial em apoiar e implementar esses projetos. A união de esforços entre governos e comunidades é essencial para enfrentar os desafios ambientais e promover a sustentabilidade.
Em situações como essas, a mobilização da sociedade civil pode fazer uma diferença significativa. Projetos que visam a recuperação ambiental e a proteção das comunidades precisam de apoio e incentivo, e a colaboração pode ser a chave para transformar essas iniciativas em realidade.
Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, se reuniu com gestores do Pará para discutir liberação de recursos e ações de Defesa Civil, priorizando a proteção da Amazônia. O encontro destacou a implementação de um sistema moderno de alerta precoce, visando salvar vidas e fortalecer a cultura de prevenção nas comunidades vulneráveis da região.
A fruticultura irrigada em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) se destaca pela crescente adoção de energia solar, com investimentos de R$ 30 bilhões desde 2021 e previsão de mais R$ 60 bilhões. A região se torna um polo de energia renovável, apesar dos desafios de infraestrutura e impactos ambientais.
A III Conferência da ONU sobre os Oceanos, que inicia em 9 de junho em Nice, França, visa compromissos para a proteção marinha, mas ONGs criticam a Declaração de Nice como insuficiente. A exploração oceânica é crucial, pois apenas 26,1% do fundo do mar foi mapeado, e 95% da biosfera está nas profundezas.
Em 2025, o Fundo Clima direcionou R$ 805,4 milhões em empréstimos do BNDES, com 72% para energia renovável, destacando um projeto de R$ 500 milhões no Rio Grande do Norte. A transição energética avança.
Uma coligação de 37 países, liderada por Panamá e Canadá, comprometeu-se a combater a poluição sonora marítima, visando proteger a biodiversidade marinha e desenvolver embarcações mais silenciosas.
Thelma Krug, ex-vice-presidente do IPCC, destaca a fragilidade do Acordo de Paris e a importância da COP30 em Belém. A cientista alerta para os desafios climáticos e a necessidade de um planejamento estratégico para as florestas tropicais.