A fruticultura irrigada em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) se destaca pela crescente adoção de energia solar, com investimentos de R$ 30 bilhões desde 2021 e previsão de mais R$ 60 bilhões. A região se torna um polo de energia renovável, apesar dos desafios de infraestrutura e impactos ambientais.

A fruticultura irrigada nas cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) se destaca pela qualidade de suas exportações, como manga, uva e melão. Recentemente, a região tem se transformado em um polo de energia renovável, impulsionada pela crescente adoção de energia solar nas fazendas. Desde 2021, foram investidos R$ 30 bilhões no setor, com previsão de mais R$ 60 bilhões em novas usinas solares, o que torna a eletricidade mais acessível e competitiva para os produtores.
O Nordeste lidera a geração de energia solar no Brasil, com 53,09% da potência instalada, superando o Sudeste, que possui 45,88%. Segundo Talita Porto, diretora técnico-regulatória da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), os incentivos estaduais e municipais, além do acesso facilitado a financiamentos, têm sido cruciais para essa expansão. No entanto, a infraestrutura elétrica ainda enfrenta desafios, como a sobrecarga no sistema, que resultou em cortes de até 32% da geração em maio.
Juazeiro se destaca como o maior gerador de energia solar do Nordeste, com 971,6 MW de potência instalada. A região se beneficia de fatores como alta incidência solar, áreas planas e infraestrutura adequada. Fábio Bortoluzo, diretor-geral da Atlas Renewable Energy, ressalta que, enquanto a natureza impõe desafios à agricultura, ela é favorável à energia solar. Projetos como o Jacarandá, que fornece energia para a Dow Chemical, exemplificam a integração entre agricultura e energia renovável.
Empresas como a Engie Brasil e Eneva estão investindo fortemente na construção de usinas solares na região. O complexo Solar Futura I, por exemplo, teve um investimento de R$ 3,2 bilhões e gerou três mil empregos durante a obra. A energia gerada é vendida no mercado livre para grandes indústrias, como White Martins e Vallourec, consolidando a região como um polo de transição energética no Nordeste.
A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) tem contribuído para a qualificação da mão de obra e o controle de equipamentos, utilizando tecnologias como drones e inteligência artificial. A energia solar também está transformando a fruticultura, com a possibilidade de economizar até 90% na conta de energia, segundo Paulo Bories, CEO da Viking. O aumento da potência instalada nos municípios é um indicativo do crescimento do setor.
Apesar dos benefícios, a expansão da energia renovável traz desafios ambientais, como o desmatamento na Caatinga, que aumentou significativamente nos últimos anos. Joaquim Freitas, coordenador do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan), alerta para a fragilidade socioeconômica da região. Em meio a essa transformação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam um desenvolvimento sustentável e responsável na região.

No Dia Mundial dos Elefantes, celebrado em 12 de agosto, destaca-se a importância da conservação dessas espécies ameaçadas, com apenas 400 mil elefantes africanos e 40 mil asiáticos restantes. A data, criada em 2011, une mais de cem organizações em prol da preservação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que proíbe testes em animais para cosméticos e produtos de higiene, com dois anos para implementação de métodos alternativos. A nova legislação visa garantir a ética na indústria, excluindo produtos testados em animais e exigindo evidências para regulamentações não cosméticas.

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) anunciou R$ 1,65 bilhão para revitalizar bacias hidrográficas, priorizando saneamento e reflorestamento, especialmente nas bacias dos rios São Francisco e Parnaíba.

A Novelis, líder em reciclagem de alumínio, enfrenta o desafio de reter sucata no Brasil para aumentar a produção interna. A empresa investiu R$ 1,2 bilhão e visa 750 mil toneladas de alumínio reciclado até 2024.

Os alertas de desmatamento na Amazônia aumentaram 4% no último ano, com o Pará liderando as perdas. A ministra Marina Silva reafirmou a meta de desmatamento zero até 2030, enquanto o Cerrado teve redução de 20,8%.

Desmatamento no Brasil caiu 32,4% em 2024, mas o Cerrado perdeu 652.197 hectares, e a Caatinga teve um alerta alarmante de 13.628 hectares em três meses. Situação crítica persiste.