A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu a COP30 em Belém, apesar das críticas à infraestrutura e preços altos de hospedagem. Ela destacou a meta de mobilizar US$ 1,3 trilhão anuais até 2035.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu a realização da COP30 em Belém (PA), programada para novembro, apesar das críticas sobre a infraestrutura da cidade. Em entrevista ao portal g1, ela reconheceu a crise de hospedagem e os preços exorbitantes, que podem chegar a até dez vezes o valor habitual. A ministra enfatizou que a conferência deve ser lembrada pelos avanços nas negociações climáticas, não pelos problemas logísticos.
Marina reiterou a meta de mobilizar US$ 1,3 trilhão por ano até 2035 para financiar a transição energética global, um valor significativamente maior que os US$ 300 bilhões acordados na COP anterior. Ela lamentou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, afirmando que o mundo continuará a exigir responsabilidade de todos os países em relação às suas emissões de carbono.
A ministra também defendeu o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a trechos do projeto de lei do licenciamento ambiental, uma decisão que gerou tensão com o Congresso. Segundo ela, o veto foi orientado por diretrizes discutidas com a Casa Civil e a Secretaria de Relações Institucionais, visando preservar a integridade do processo de licenciamento e garantir os direitos de povos indígenas e comunidades tradicionais.
Marina alertou que a derrubada dos vetos poderia gerar insegurança jurídica e prejudicar o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, além de comprometer as metas de redução de CO₂ assumidas pelo Brasil no Acordo de Paris. Ela não apresentou alternativas, afirmando que o plano A deve ser o plano de todos.
Sobre a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, a ministra destacou a necessidade de um "caminho do meio". Embora defenda a transição energética, ela ressaltou que países ricos devem liderar o abandono dos combustíveis fósseis. O processo de exploração está em análise no Ibama, e o presidente Lula já manifestou apoio ao projeto.
Neste contexto, a realização da COP30 em Belém representa uma oportunidade para mobilizar a sociedade em torno de causas ambientais. A união em torno de projetos que visem a sustentabilidade pode fazer a diferença, especialmente em tempos de desafios climáticos e sociais. É fundamental que a sociedade civil se engaje e busque apoiar iniciativas que promovam um futuro mais sustentável.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que proíbe testes em animais para cosméticos, alinhando o Brasil a práticas internacionais. A norma, celebrada como uma vitória histórica, estabelece métodos alternativos e proíbe a comercialização de produtos testados em animais.

O desmatamento na Amazônia Legal aumentou 27% no primeiro semestre de 2025, enquanto o Cerrado teve queda de 9,8%. Incêndios de 2024 impactaram os dados, com áreas sob alerta crescendo 266%.

A energia das ondas do mar se destaca como uma alternativa viável na transição energética, com potencial de gerar até 29.500 TWh anuais, mas enfrenta desafios de custo e tecnologia. Embora a energia das ondas possa complementar a matriz energética brasileira, com um potencial estimado entre 50 GW e 70 GW, os altos custos iniciais e a necessidade de inovações tecnológicas ainda são barreiras significativas.

Pau-brasil, árvore emblemática do Brasil, enfrenta riscos crescentes de extinção devido à exploração comercial. A COP20, em novembro de 2025, pode restringir seu comércio internacional para garantir sua conservação.

Appian Capital Brazil e Atlantic Nickel investem R$ 8,5 milhões em reflorestamento, recuperando 274 hectares da Mata Atlântica e criando viveiro para 120 mil mudas anuais na Bahia. A iniciativa visa restaurar áreas afetadas pela mineração.

São Paulo enfrenta desafios climáticos intensificados, como calor extremo e inundações, enquanto busca implementar o PlanClima com R$ 20 bilhões alocados em 2023, mas ainda ignora desigualdades sociais.