São Paulo enfrenta desafios climáticos intensificados, como calor extremo e inundações, enquanto busca implementar o PlanClima com R$ 20 bilhões alocados em 2023, mas ainda ignora desigualdades sociais.

São Paulo enfrenta um cenário de mudanças climáticas, com aumento de calor, secas e inundações, que acentuam as desigualdades sociais. A cidade, que já possui uma Política Municipal de Mudança do Clima desde 2009, agora implementa o PlanClima, um plano que visa neutralizar as emissões de carbono até 2050. Em 2023, foram alocados R$ 20 bilhões para iniciativas climáticas, mas a falta de foco nas desigualdades sociais ainda é uma preocupação.
As consequências das mudanças climáticas são visíveis em áreas como Paraisópolis e Jardim Pantanal, onde as ondas de calor e inundações revelam problemas estruturais. Especialistas afirmam que, apesar de a cidade ter recursos e estrutura para se tornar mais resiliente, é necessário um olhar crítico sobre a implementação de projetos e a inclusão da variável climática nas políticas públicas. A falta de ações preventivas resulta em desastres que poderiam ser evitados.
O PlanClima, desenvolvido em parceria com a rede internacional de cidades C40, reconhece os riscos climáticos enfrentados pela cidade e propõe 43 ações práticas. O plano abrange cinco estratégias principais, incluindo a adaptação da cidade e a proteção de pessoas e bens. Embora a Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas tenha sido criada em 2020 para coordenar essas ações, a responsabilidade pela mitigação e adaptação é compartilhada entre diversas secretarias municipais.
Entre as iniciativas já em andamento, destacam-se os jardins de chuva, que ajudam a reduzir alagamentos, e a substituição gradual da frota de ônibus por veículos elétricos. A prefeitura também realiza um mapeamento de hortas urbanas, com suporte técnico para 150 horas de atividades. Esses esforços refletem um investimento significativo, com R$ 20 bilhões destinados a ações climáticas em 2023, um aumento em relação aos R$ 16,6 bilhões do ano anterior.
Entretanto, especialistas como Mahryan Sampaio, cofundadora do Instituto Perifa Sustentável, alertam para a necessidade de abordar as desigualdades sociais intensificadas pelas mudanças climáticas. É fundamental garantir que comunidades periféricas tenham acesso e voz nas decisões sobre recursos e políticas públicas. A desconexão entre as ações e as necessidades das populações mais vulneráveis compromete a eficácia dos projetos.
O financiamento climático é um tema central que será discutido na COP30, que ocorrerá em novembro em Belém. A expectativa é que as negociações busquem aumentar os fluxos financeiros para projetos de mitigação e adaptação. A justiça climática é uma questão urgente, pois os países em desenvolvimento, que mais sofrem os impactos das mudanças climáticas, precisam de apoio. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos a se adaptarem e se tornarem mais resilientes frente aos desafios climáticos.

Montadoras como GM, Renault e Volkswagen pedem credenciamento para o programa Carro Sustentável, que isenta IPI até 2026. Iniciativa visa descarbonizar a frota automotiva e prevê R$ 19,3 bilhões em créditos.

Temperaturas globais atingem recordes históricos em março de 2023, com Europa enfrentando anomalias de 1,6 °C. Cientistas alertam para eventos climáticos extremos em decorrência do aquecimento.

Isabel Schmidt, da Universidade de Brasília, enfatiza a relevância da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que completa um ano e exige regulamentação estadual em até dois anos. A iniciativa visa transformar o fogo em uma ferramenta de conservação, promovendo ações conjuntas entre os entes federativos para combater incêndios florestais e proteger o Cerrado.

Dr. Carlos Nobre introduziu o termo "Trumping Point", referindo-se ao impacto sociopolítico das decisões de Donald Trump na luta contra as mudanças climáticas, destacando a urgência da COP30 no Brasil.

A COP30, que ocorrerá em Belém, já divulgou os preços da Green Zone, variando de $ 1.250 a $ 1.500 por metro quadrado. O evento contará com a presença do Papa Leone XIV, que destaca a urgência climática.

Um decreto do governador do Amazonas, Wilson Lima, permite a regularização de desmatamentos ilegais, gerando preocupações entre pesquisadores e ambientalistas sobre a grilagem de terras. A medida pode reduzir a reserva legal de 80% para 50%, favorecendo a ocupação de áreas sensíveis, como Terras Indígenas. Especialistas alertam que a legalização de áreas desmatadas consolida crimes ambientais, enquanto o governo defende a regularização como forma de recuperação da vegetação nativa.