Temperaturas globais atingem recordes históricos em março de 2023, com Europa enfrentando anomalias de 1,6 °C. Cientistas alertam para eventos climáticos extremos em decorrência do aquecimento.

Em março de 2023, as temperaturas globais atingiram níveis recordes, conforme relatado pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus. Este mês foi o mais quente já registrado na Europa, com anomalias de 1,6 °C acima dos níveis pré-industriais. O fenômeno desafia explicações científicas e intensifica eventos climáticos extremos, como ondas de calor e chuvas intensas, em um continente que se aquece mais rapidamente que outros.
O Copernicus destacou que março de 2023 foi 1,6 °C mais quente que os níveis pré-industriais, prolongando uma série de temperaturas recordes que começou em julho de 2023. A cientista Friederike Otto, do Instituto Grantham, enfatizou que essa anomalia é notável e que estamos sob a influência das mudanças climáticas causadas pelo homem. Cientistas preveem que a série de temperaturas extremas pode diminuir após o pico do fenômeno El Niño, mas a persistência das altas temperaturas até 2025 é preocupante.
Robert Vautard, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), afirmou que a situação atual é excepcional, com temperaturas extremamente altas em todo o mundo. Cada fração de grau de aquecimento global aumenta a intensidade e a frequência de eventos climáticos extremos, como ondas de calor e chuvas intensas. O aquecimento não se limita ao aumento das temperaturas, mas também resulta em um efeito cascata que afeta a atmosfera e os mares.
Na Europa, março de 2023 foi 0,26 °C mais quente que o recorde anterior, estabelecido em 2014. Samantha Burgess, do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo, observou que algumas regiões enfrentaram o março mais seco em meio século, enquanto outras registraram o mais chuvoso. Bill McGuire, da University College London, destacou que esses extremos contrastantes demonstram como um clima desestabilizado resulta em eventos climáticos extremos mais frequentes e severos.
Além disso, cientistas relataram que as mudanças climáticas intensificaram uma onda de calor na Ásia Central e causaram chuvas extremas na Argentina, resultando em mortes. O aumento das temperaturas globais fez de 2023 e 2024 os anos mais quentes já registrados. O ano anterior também foi o primeiro a ultrapassar o limite de 1,5 °C, estabelecido no Acordo de Paris, embora essa violação não signifique um cruzamento permanente desse limite.
Os especialistas alertam que a queima de combustíveis fósseis é a principal causa do aquecimento global, mas fatores adicionais ainda precisam ser compreendidos. O Copernicus utiliza bilhões de medições para suas análises climáticas, que remontam a 1940. A situação atual pode ser a mais quente dos últimos 125 mil anos, e a união da sociedade civil pode ser crucial para apoiar iniciativas que busquem mitigar os efeitos das mudanças climáticas e ajudar as comunidades afetadas.

A Floresta Nacional do Jatuarana, no Amazonas, foi concedida pela primeira vez em leilão na B3, com expectativa de arrecadação de R$ 32,6 milhões anuais e geração de 2,8 mil empregos. A meta é ampliar concessões para 20 milhões de hectares até 2030, promovendo a economia sustentável e combatendo o desmatamento ilegal.

Representantes de 18 organizações civis entregaram um milhão de assinaturas contra o projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental ao governo, enquanto Lula avalia possíveis vetos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com ministros para discutir o projeto, que gera divisões internas no governo. A proposta é criticada por ambientalistas e especialistas, que alertam para riscos ambientais.

Um novo projeto de energia solar foi lançado, prometendo um aumento de eficiência de trinta por cento em relação às tecnologias atuais, com parcerias entre universidades e empresas de tecnologia. Essa iniciativa visa impulsionar a pesquisa em energias renováveis e contribuir para a mitigação das mudanças climáticas.

Um decreto do governador do Amazonas, Wilson Lima, permite a regularização de desmatamentos ilegais, gerando preocupações entre pesquisadores e ambientalistas sobre a grilagem de terras. A medida pode reduzir a reserva legal de 80% para 50%, favorecendo a ocupação de áreas sensíveis, como Terras Indígenas. Especialistas alertam que a legalização de áreas desmatadas consolida crimes ambientais, enquanto o governo defende a regularização como forma de recuperação da vegetação nativa.

A presidência da COP30 inicia consultas especiais para acelerar negociações climáticas, com sessões online e encontros em Nova York e Brasília, visando novos compromissos antes do relatório da ONU.

Registro inédito do uiraçu no Parque Nacional do Iguaçu confirma a presença da espécie, considerada ameaçada de extinção, após quase 60 anos sem avistamentos no Paraná. A filmagem sugere a existência de mais indivíduos na região.