A Corte Interamericana de Direitos Humanos publicou a Opinião Consultiva 32, exigindo que Estados protejam direitos humanos frente às mudanças climáticas, com foco em grupos vulneráveis e participação cidadã.
No dia três de julho de 2025, a Corte Interamericana de Direitos Humanos divulgou a Opinião Consultiva 32, que estabelece a relação entre emergências climáticas e direitos humanos. O documento determina que os Estados devem proteger o clima e a natureza, reconhecendo-os como sujeitos de direitos. A Corte enfatiza a necessidade de ações urgentes e eficazes para enfrentar a crise climática, com foco em grupos vulneráveis e na participação cidadã.
A Opinião Consultiva exige que os Estados garantam direitos humanos, incluindo vida, saúde, moradia, trabalho, educação e igualdade, que são impactados pelas mudanças climáticas. A Corte também destaca a importância do acesso à Justiça e da proteção aos defensores de direitos humanos, assegurando o direito de defender esses direitos. A perspectiva de direitos humanos deve guiar as soluções para a emergência climática, promovendo um ambiente democrático e a construção de políticas públicas baseadas em ciência e saberes tradicionais.
O parecer é considerado histórico, especialmente após o reconhecimento da ONU, em 2022, do meio ambiente saudável como um direito humano. No mesmo ano, o Supremo Tribunal Federal do Brasil declarou o Acordo de Paris como um tratado de direitos humanos, conferindo-lhe status privilegiado na ordem jurídica. O Acordo, adotado na COP 21 em 2015, comprometeu 195 países a mitigar o aumento da temperatura média global.
As enchentes no Rio Grande do Sul em 2024 afetaram 478 municípios e impactaram 2,4 milhões de pessoas, resultando em cerca de 200 óbitos e danos econômicos superiores a R$ 50 bilhões. Os mais vulneráveis foram os mais afetados, com a eliminação de mais de 150 mil postos de trabalho e cerca de 200 mil pessoas desalojadas. Em junho de 2025, novas enchentes em mais de noventa cidades gaúchas repetiram essa tragédia, evidenciando a gravidade da crise climática.
A Opinião Consultiva impõe a responsabilidade à União, estados e municípios, além dos três Poderes, para ajustarem suas políticas em direção a um futuro sustentável e respeitoso aos direitos humanos. As futuras legislações devem considerar os impactos no combate à emergência climática e às violações de direitos fundamentais. O juiz da Corte Interamericana, Eduardo Ferrer, afirma que todo juiz nacional deve julgar com base nos direitos humanos internacionais.
Com a aproximação da COP 30 em Belém, é crucial que o Brasil se posicione como um protagonista na abordagem integrada de direitos humanos, respeitando povos indígenas e comunidades tradicionais. A sociedade civil pode desempenhar um papel vital na recuperação e na promoção de projetos que ajudem os mais afetados por desastres climáticos, contribuindo para a construção de um futuro mais justo e sustentável.
Relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) indica que entre 2025 e 2029, a temperatura global pode ultrapassar 1,5 °C, aumentando os riscos climáticos. A previsão é alarmante, com 80% de chance de 2024 ser o ano mais quente já registrado.
Festival Amazônico no Museu do Pontal, nos dias 12 e 13, celebra a cultura da Amazônia com shows, exposições e oficinas, promovendo a preservação ambiental e reflexões sobre a crise climática.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro Waldez Góes assinarão a ordem de serviço para duplicação da estação de bombeamento EBI-3, aumentando a capacidade de abastecimento no Nordeste. A cerimônia ocorrerá em Salgueiro, Pernambuco, e beneficiará 237 municípios e cerca de 8,1 milhões de pessoas, como parte da iniciativa Caminho das Águas.
Um vazamento de óleo no Rio Ribeira de Iguape gera alerta em cidades da divisa entre São Paulo e Paraná, com riscos à saúde e ao meio ambiente. Prefeituras orientam a população a evitar contato com a água.
A onça-pintada Ruana foi transferida de avião para o Zoológico de São Paulo, onde se preparará para um programa de conservação com o macho Raimundinho, visando a preservação da espécie ameaçada. A ação é parte do Plano de Ação Nacional do ICMBio, com apoio do Ministério do Meio Ambiente e da AZAB.
O Brasil avança nas negociações do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que pode captar até R$ 5 bilhões anuais, com assinatura prevista na COP30 em Belém. O fundo visa transformar o financiamento para a conservação florestal, envolvendo países investidores e comunidades tradicionais.