Isabel Schmidt, da Universidade de Brasília, enfatiza a relevância da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que completa um ano e exige regulamentação estadual em até dois anos. A iniciativa visa transformar o fogo em uma ferramenta de conservação, promovendo ações conjuntas entre os entes federativos para combater incêndios florestais e proteger o Cerrado.

Os incêndios florestais e a degradação do Cerrado são temas críticos no Brasil, exigindo políticas eficazes para o manejo do fogo. Em entrevista ao CB.Poder, Isabel Schmidt, professora do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisadora da Rede Biota Cerrado, abordou a importância da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que completou um ano em 31 de julho.
Isabel enfatizou que o fogo deve ser considerado uma ferramenta útil para a conservação ambiental, desde que utilizado de maneira planejada e controlada. “A lei reconhece a necessidade do uso do fogo em diversos contextos e regulamenta essa prática”, afirmou. A pesquisadora destacou que é fundamental entender quando e como o fogo pode ser utilizado, evitando que se torne uma emergência, como ocorre em incêndios descontrolados.
Desde a promulgação da política, houve avanços significativos, especialmente em nível federal. Isabel mencionou que foram garantidos recursos financeiros para estados, municípios e propriedades particulares, visando a implementação do manejo integrado do fogo. Além disso, novas formas de articulação entre os entes federativos estão sendo criadas para que todos atuem em conjunto nesse processo.
Durante a entrevista, a pesquisadora também comentou sobre o papel do Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo (COMIF), que estabeleceu diretrizes importantes para os estados. Uma das resoluções do comitê determina que todos os estados devem regulamentar suas normas e ações de manejo integrado do fogo em até dois anos, prazo que começou a contar em março deste ano.
Isabel destacou que é essencial que os estados alcancem um nível de organização e atuação semelhante ao do governo federal até o final desse prazo. A implementação eficaz dessas diretrizes pode ajudar a mitigar os impactos dos incêndios florestais e promover a conservação do Cerrado, um bioma vital para a biodiversidade brasileira.
Nesta situação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a recuperação e a preservação do Cerrado. Projetos que promovam a conscientização e o manejo sustentável do fogo devem ser estimulados, garantindo um futuro mais seguro e saudável para todos.

Estudo revela que formigas podem prejudicar a polinização por abelhas em plantas com nectários extraflorais próximos às flores, mas beneficiam a reprodução quando estão distantes. Pesquisadores analisaram 27 estudos sobre essas interações.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, criticou o Projeto de Lei Geral do Licenciamento Ambiental, alertando para retrocessos e a necessidade de fortalecer o Ibama. A proposta, que tramita há mais de 20 anos, pode gerar uma "guerra da 'licencidade' ambiental".

O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, destaca a urgência de eliminar combustíveis fósseis e zerar o desmatamento até 2030, enquanto enfrenta a crise de preços de acomodações em Belém. A falta de novas metas de redução de emissões por 80% dos países do Acordo de Paris ameaça a participação na conferência.

São Paulo lançará em agosto um projeto piloto que oferece créditos no Bilhete Único para ciclistas, com inscrições até 30 de junho, visando avaliar incentivos financeiros na mobilidade urbana. A iniciativa, apoiada por instituições como a USP e a FGV, busca entender o impacto de recompensas financeiras no uso de bicicletas, promovendo a redução do transporte motorizado. O experimento, que durará três meses, requer que os voluntários sejam maiores de idade, moradores da cidade e possuam uma bicicleta.

Ministério reconhece emergência em 11 cidades do Rio Grande do Sul por estiagem. Prefeituras podem solicitar recursos federais para ações de defesa civil.

Pesquisas recentes revelam que a exposição ao bisfenol A (BPA), presente em plásticos e embalagens, pode causar riscos à saúde e alterações epigenéticas que afetam gerações futuras. Especialistas pedem precauções.