Em 2024, o Brasil registrou 226 novos litígios climáticos, totalizando 2.967 casos, posicionando-se como o quarto país com mais processos. A Corte IDH destacou saberes tradicionais e a natureza como sujeitos de direitos.

Em 2024, a crise climática gerou um aumento significativo nos litígios relacionados ao meio ambiente, com pelo menos 226 novos casos registrados, totalizando 2.967 desde 1986. O Brasil ocupa a quarta posição mundial em processos judiciais sobre a crise climática, com 131 casos. Os Estados Unidos, Austrália e Reino Unido lideram essa lista. Essa tendência crescente é acompanhada pela recente divulgação de um Parecer Consultivo da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), que enfatiza a importância dos saberes tradicionais nas políticas climáticas.
O Parecer Consultivo da Corte IDH, divulgado em 2024, não se limita a abordar ações de um único Estado, mas serve como um guia para todos os Estados Membros da Organização dos Estados Americanos (OEA). Quando um caso específico é levado à Corte, a interpretação das obrigações e direitos contidos nesse parecer pode ser crucial para determinar possíveis violações. Um dos pontos centrais do parecer é o reconhecimento dos saberes locais, que devem ser considerados tanto quanto o conhecimento científico na formulação de políticas climáticas.
Além disso, a Corte IDH reconhece a natureza como sujeito de direitos, o que implica que deve ser protegida não apenas por seu valor utilitário, mas também por seu valor intrínseco. Essa abordagem inovadora pode influenciar a forma como os países lidam com questões ambientais e suas responsabilidades legais. O parecer ressalta que todos os países têm o dever de não causar danos irreversíveis ao clima, sem exceções.
O aumento dos litígios climáticos no Brasil reflete uma crescente conscientização sobre a urgência da crise ambiental. A combinação de saberes tradicionais e conhecimento científico pode ser uma estratégia eficaz para enfrentar os desafios climáticos. A Corte IDH, ao reconhecer esses saberes, abre espaço para que comunidades locais participem ativamente na construção de soluções sustentáveis.
Com o aumento dos processos judiciais, é fundamental que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que promovam a justiça climática. A união de esforços pode resultar em projetos que visem a proteção do meio ambiente e o fortalecimento das comunidades afetadas pela crise climática. O engajamento da população é essencial para garantir que as vozes locais sejam ouvidas e respeitadas.
Nessa conjuntura, a mobilização social pode ser um fator decisivo para impulsionar ações que beneficiem as comunidades vulneráveis e promovam a justiça ambiental. Projetos que busquem apoiar essas iniciativas devem ser estimulados, pois a proteção do meio ambiente e o respeito aos direitos humanos são responsabilidades coletivas que exigem a participação ativa de todos.

Líderes católicos entregaram um "chamado por justiça climática" ao Papa Leão 14, criticando o "capitalismo verde" e exigindo que países ricos paguem sua dívida ecológica na COP30 em Belém. A mensagem destaca a necessidade de uma transição energética justa e rechaça soluções que mercantilizam a natureza.

Niterói se destaca na observação de baleias jubarte, com expedições promovidas pelo Projeto Amigos da Jubarte, ressaltando a importância do turismo sustentável para a conservação ambiental. A cidade, agora um potencial berçário, une preservação e desenvolvimento econômico, atraindo visitantes e gerando emprego.

Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA, destacou o Brasil como líder na economia verde durante o evento Expert XP em São Paulo, anunciando investimentos de sua gestora em projetos sustentáveis. Ele criticou a indústria de combustíveis fósseis e ressaltou a importância da COP30, que ocorrerá no Brasil, para discutir a crise climática.

Técnicos do Ibama pedem a revogação da nova portaria que regulamenta a pesca do tubarão-azul, alegando riscos à espécie e à política ambiental do Brasil. Críticos temem a extinção da espécie.

A Maratona do Rio, que acontece de quinta a domingo, reunirá 60 mil corredores e reduzirá em 750 quilos o lixo gerado com a distribuição de 50 mil ecocopos reutilizáveis. A iniciativa da Águas do Rio visa promover eventos mais sustentáveis.

O Projeto SABO, parceria entre Brasil e Japão, implantará barreiras de contenção em Nova Friburgo e Teresópolis para prevenir deslizamentos, alinhando-se aos compromissos climáticos do Brasil para a COP30. As obras, com início previsto até 2026, visam proteger comunidades vulneráveis e reduzir riscos em áreas afetadas por desastres naturais.