Representantes de 25 países propõem transferir a COP30 de Belém devido a diárias de hotéis exorbitantes, com preços multiplicados por dez, o que pode comprometer a participação de nações em desenvolvimento.

Faltando cem dias para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) em Belém, representantes de 25 países assinaram um documento sugerindo a transferência do evento para outro local, caso os preços das hospedagens não sejam reduzidos. O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, reconheceu a insatisfação dos países em desenvolvimento, que afirmam não conseguir participar devido aos preços exorbitantes.
Os valores das diárias em alguns hotéis chegaram a ser multiplicados por dez, com estabelecimentos cobrando até US$ 2 mil por noite. Essa situação pode levar ao cancelamento da presença de nações menos favorecidas, comprometendo o quórum necessário para as decisões da conferência. A alta demanda por hospedagem é comum em eventos desse porte, mas o que ocorre em Belém é considerado extremo.
A Secretaria Extraordinária da COP30 informou que está implementando um plano de acomodação em fases, priorizando as delegações que participarão das negociações. No entanto, as autoridades estrangeiras ainda não estão satisfeitas com a disponibilidade de apenas 2.500 quartos com diárias de até US$ 600. A falta de infraestrutura adequada na cidade é um problema reconhecido desde que Belém foi escolhida como sede do evento.
O governo federal e estadual realizaram obras, mas a carência de estrutura hoteleira persiste. Alternativas como navios de cruzeiro e a utilização de escolas para abrigar agentes da Polícia Rodoviária Federal não têm sido suficientes para conter a elevação dos preços. A requalificação do aeroporto de Belém também é uma preocupação, pois a cidade não possui a capacidade necessária para acomodar cerca de 50 mil visitantes.
O Rio de Janeiro, com sua ampla oferta de quartos e infraestrutura hoteleira, surge como uma opção viável para a realização da COP30. A pressão sobre as autoridades brasileiras aumenta, pois a possibilidade de um evento esvaziado é real. Uma nova reunião da ONU está agendada para discutir a questão dos preços das acomodações e a viabilidade de manter o evento em Belém.
Nessa situação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que busquem garantir a participação de todos os países na COP30. Projetos que promovam a acessibilidade e a inclusão são essenciais para que vozes de nações em desenvolvimento sejam ouvidas e consideradas nas discussões sobre mudanças climáticas.

Mudanças climáticas intensificam desigualdades em São Paulo, com variações de temperatura entre bairros. A pesquisa revela que áreas menos favorecidas estão menos preparadas para enfrentar eventos extremos.

A 38ª edição da Casacor, em São Paulo, destaca a integração entre arquitetura e natureza, com mais de 70 ambientes que promovem a sustentabilidade e o uso de materiais renováveis. O evento, realizado no parque da Água Branca, reflete uma visão utópica de bem-estar e conexão com o verde, com projetos que vão da biomimética à valorização de raízes culturais.

Senado aprova Projeto de Lei que classifica 22 municípios do Norte e Noroeste do Rio de Janeiro como semiáridos, garantindo acesso a benefícios como o Garantia-Safra e criando um Fundo de Desenvolvimento Econômico.

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Armadilhas fotográficas no Parque Estadual da Serra da Concórdia, em Valença, revelaram a presença de seis espécies de felinos, incluindo onças ameaçadas de extinção. O Inea e o Projeto Aventura Animal destacam a importância dessa descoberta.

ONGs e líderes ambientais solicitaram ao governo brasileiro um pacto internacional que assegure US$ 7 bilhões anuais para a proteção da Amazônia, destacando a COP30 como uma oportunidade crucial. O documento entregue enfatiza a necessidade de mobilização de recursos para evitar a degradação irreversível da floresta, que já perdeu mais de 17% de sua área.