Mudanças climáticas aumentam riscos no Brasil, diz CEO da Swiss Re, Kaspar Mueller. Ele alerta para a baixa penetração de seguros e a falta de políticas públicas eficazes.

O CEO da Swiss Re para a América Latina, Kaspar Mueller, alertou sobre o aumento da frequência de eventos climáticos extremos no Brasil e a necessidade de contratos de seguro anuais para uma gestão de riscos mais eficaz. Ele destacou que a combinação de maior exposição a riscos e a baixa penetração de seguros na América Latina amplia o "gap de proteção", que é a diferença entre perdas econômicas e perdas seguradas.
Mueller mencionou que os eventos climáticos, como secas e enchentes, estão se tornando mais recorrentes, citando tragédias em Petrópolis (RJ) e no Rio Grande do Sul como exemplos de falhas na gestão de riscos. Ele enfatizou que o impacto financeiro das catástrofes naturais tem crescido, com sinistros globais superando a marca de US$ 100 bilhões por ano nos últimos cinco anos.
O executivo explicou que a mudança climática não apenas intensifica a severidade dos riscos, mas também torna sua previsibilidade mais difícil, afetando a precificação de seguros. Para mitigar esses riscos, a Swiss Re prefere contratos anuais, que permitem a atualização constante dos dados sobre eventos climáticos, ao invés de contratos plurianuais.
No Brasil, a penetração de seguros é alarmantemente baixa, com apenas trinta por cento da frota automotiva e dezessete por cento das residências seguradas. Mueller atribui essa resistência a fatores culturais e econômicos, além da falta de exigências por parte de instituições financeiras, o que acentua o protection gap.
Ele também criticou a ausência de políticas públicas eficazes, apontando que, enquanto países como o México implementam iniciativas bem-sucedidas para proteger infraestrutura crítica, o Brasil ainda apresenta um avanço tímido. A criação de parcerias público-privadas é vista como uma solução para proteger ativos essenciais da sociedade.
Mueller acredita no potencial do Brasil, que ainda não atingiu suas promessas de crescimento, mas possui um grande espaço para desenvolvimento no setor de seguros. Em situações como essa, a união da sociedade pode ser fundamental para ajudar aqueles que enfrentam as consequências das mudanças climáticas e a falta de proteção adequada.

Pesquisadores propõem Fundo de Royalties Verdes de US$ 20 bilhões para evitar exploração de petróleo na foz do Amazonas. A iniciativa visa compensar Estados e municípios, promovendo alternativas sustentáveis em meio a críticas sobre a exploração em áreas sensíveis.

A COP30, em Belém (PA), contará com o portal COP30 Events, que mapeia mais de 40 eventos para engajar a sociedade civil nas discussões climáticas. A plataforma visa conectar vozes e promover ações colaborativas.

O Brasil enfrenta uma drástica redução na população de jumentos, com 248 mil abates registrados entre 2018 e 2024, principalmente na Bahia. Projetos de lei buscam proibir essa prática e preservar a espécie.

A startup SOLOS lançou o programa "Roda", que realiza coleta seletiva agendada em Salvador com veículos elétricos, já alcançando 37% de adesão em seu projeto-piloto com a Prefeitura. A iniciativa visa melhorar a gestão de resíduos na cidade, onde menos de 10% do lixo é reciclado.

A COP30, em novembro de 2025, em Belém, será um marco na luta contra a crise climática, exigindo ação coordenada em quatro pilares: adaptação, ambição, saída dos combustíveis fósseis e coragem política. O evento destaca a urgência de enfrentar o colapso climático e a necessidade de um esforço coletivo para garantir um futuro sustentável.

O desmatamento na Amazônia aumentou 92% em maio, totalizando 960 km², o segundo pior resultado desde 2016, alarmando especialistas sobre a reversão da queda nos índices anteriores.