ONGs e líderes ambientais solicitaram ao governo brasileiro um pacto internacional que assegure US$ 7 bilhões anuais para a proteção da Amazônia, destacando a COP30 como uma oportunidade crucial. O documento entregue enfatiza a necessidade de mobilização de recursos para evitar a degradação irreversível da floresta, que já perdeu mais de 17% de sua área.

Nesta sexta-feira, quatro de julho, organizações não governamentais (ONGs), centros de pesquisa e lideranças ambientais entregaram uma carta ao governo brasileiro solicitando um pacto internacional que assegure sete bilhões de dólares anualmente para a proteção da Amazônia. O financiamento climático global será um dos principais tópicos da Conferência das Partes (COP30), marcada para novembro em Belém, no Pará. No ano anterior, durante a COP29 em Baku, foi negociado um teto de um trilhão e trezentos bilhões de dólares para ações climáticas, mas o acordo final ficou em trezentos bilhões, gerando críticas.
O documento intitulado "Ampliando o Grande Financiamento para Soluções Baseadas na Natureza para Proteger a Amazônia: Um Roteiro de Ação" foi entregue à presidência da COP30. Ana Toni, diretora executiva e secretária Nacional de Mudança do Clima, recebeu a carta. Entre os principais signatários estão o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e a rede Uma Concertação pela Amazônia, além de institutos internacionais como Conservation International (CI) e Rainforest Trust.
Na carta, as organizações pedem que a presidência brasileira da COP30 lidere a mobilização de recursos públicos, privados e filantrópicos para garantir a proteção da Amazônia e evitar sua degradação irreversível. Além de uma "Declaração Global pela Amazônia" com metas claras, os institutos sugerem a criação de um fundo internacional para captar até cento e vinte e cinco bilhões de dólares para florestas tropicais até dois mil e trinta.
Gustavo Souza, diretor sênior de Políticas Públicas e Incentivos da Conservation International, destacou que a COP30 representa uma oportunidade histórica para o Brasil evitar a perda da floresta amazônica, essencial para o equilíbrio climático. Ele enfatizou que a Amazônia deve ser central no debate internacional sobre financiamento, recebendo os recursos necessários para sua conservação e combate ao desmatamento.
O valor de sete bilhões de dólares anuais foi determinado por um relatório do Banco Mundial, que apontou que, na última década, foram mobilizados cinco bilhões e oitocentos milhões de dólares para a Amazônia, com apenas três por cento destinados à mitigação das mudanças climáticas. A floresta amazônica, conservada, gera um valor anual de pelo menos um trilhão e quinhentos bilhões de reais devido a seus serviços ecossistêmicos e biodiversidade.
A perda de cinquenta a setenta por cento da Amazônia poderia liberar trezentos bilhões de toneladas de carbono na atmosfera, inviabilizando as metas do Acordo de Paris. A carta também menciona que noventa e nove por cento do financiamento climático agrícola global é direcionado a práticas insustentáveis. A união de esforços pode ser crucial para garantir a proteção desse bioma vital, e iniciativas da sociedade civil podem fazer a diferença na preservação da Amazônia.

Um vídeo de uma picape realizando manobra perigosa sobre um buggy em Canoa Quebrada gerou investigação por crime ambiental. A prefeita Roberta de Bismarck e autoridades locais reforçarão a fiscalização na área.

A Profile lançou o projeto Agenda30 para conectar empresas a ações sustentáveis na Amazônia, destacando a importância de respeitar as comunidades locais e a floresta antes da COP30 em 2025. A iniciativa visa unir diferentes atores em soluções que beneficiem tanto a floresta quanto os povos indígenas, enquanto a pressão sobre o setor privado aumenta para ações concretas em prol da transição climática.

São Paulo enfrenta o abril mais chuvoso em três décadas, com 145,8 mm de precipitação, superando em 133,3% a média esperada. A Defesa Civil alerta para temperaturas baixas, com mínimas entre 12°C e 16°C.

Um estudo do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) revela que diversificar espécies vegetais pode mais que dobrar a fixação de carbono no solo, beneficiando a agricultura por até 40 anos. A pesquisa, liderada por Cimélio Bayer, destaca a importância do manejo adequado e do plantio direto em áreas antes dedicadas a monoculturas, mostrando que a diversificação não só aumenta a captura de CO2, mas também melhora a produtividade agrícola.

Estudo revela que o aquecimento global pode aumentar em até 10% a mortalidade das árvores na Amazônia, impactando as emissões de gases de efeito estufa, comparáveis à Alemanha. Pesquisadores alertam para a gravidade da situação.

O governo brasileiro solicitou à ONU o reconhecimento da Elevação do Rio Grande como parte de sua plataforma continental, visando ampliar a exploração econômica e enfrentar desafios ambientais. A estrutura submarina, rica em minerais essenciais, pode garantir direitos exclusivos de exploração, mas também exige responsabilidade na conservação ambiental.