O Tribunal Internacional de Justiça da ONU declarou que a inação dos países em relação às mudanças climáticas viola o direito internacional, estabelecendo responsabilidades legais globais. A decisão, unânime, destaca a urgência da colaboração internacional e pode influenciar legislações ambientais, como a nova lei de licenciamento no Brasil.

Criado em mil novecentos e quarenta e cinco, o Tribunal Internacional de Justiça da Organização das Nações Unidas (ONU) é a principal autoridade em direito internacional. Sua função inclui resolver disputas entre estados e emitir pareceres sobre questões jurídicas. Recentemente, o tribunal recebeu um pedido para analisar as responsabilidades legais dos países em relação às mudanças climáticas. Na última quarta-feira, os quinze juízes da corte anunciaram uma decisão unânime que classifica a inação dos países como uma violação do direito internacional.
O documento, que possui mais de cento e quarenta páginas, destaca a urgência da situação climática e a necessidade de colaboração global para mitigar os efeitos do aquecimento global. Segundo Helena Rocha, co-diretora do programa Brasil e Cone Sul do Centro pela Justiça e Direito Internacional, “o dever de cooperação faz parte, inclusive, da carta das Nações Unidas”. Essa decisão é um marco, pois estabelece que mesmo estados não signatários de tratados têm responsabilidades legais em relação ao meio ambiente.
A corte também define obrigações diferenciadas, que recaem com maior peso sobre as nações mais poluidoras e com maior capacidade de ação. Helena Rocha enfatiza que a decisão abre possibilidades para que estados busquem reparações pelos danos causados. Essa nova interpretação do direito internacional pode influenciar a legislação ambiental em diversos países, incluindo o Brasil, onde pode servir como uma ferramenta para o Ministério Público em questões ambientais.
Além disso, a decisão pode impactar a nova lei de licenciamento ambiental no Brasil, que permite a realização de obras em áreas preservadas quando há interesse social. A análise do tribunal pode ser utilizada como um argumento forte em tribunais ao redor do mundo, reforçando a necessidade de ações concretas contra as mudanças climáticas.
Com a crescente pressão internacional, os países são instados a adotar medidas efetivas para enfrentar a crise climática. A decisão do tribunal pode servir como um catalisador para que governos e organizações da sociedade civil se mobilizem em busca de soluções sustentáveis e justas. A responsabilidade compartilhada é um passo crucial para garantir um futuro mais seguro e saudável para todos.
Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos, promovendo iniciativas que visem a proteção ambiental e a justiça social. Projetos que busquem apoiar as vítimas das mudanças climáticas e promover a conscientização sobre a importância da ação coletiva são essenciais para enfrentar os desafios que se apresentam.

Papa Francisco destaca a urgência da "conversão ecológica" na Laudato Si’. A encíclica, que une questões ambientais e sociais, é crucial para a próxima Conferência do Clima no Brasil.

O Brasil está desenvolvendo uma Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos para garantir a exploração sustentável de recursos essenciais à transição energética e ao desenvolvimento local. A proposta, em tramitação na Câmara dos Deputados, busca alinhar a exploração mineral à justiça social e à sustentabilidade, promovendo uma nova governança internacional.

Ibama intensifica combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, destruindo estruturas clandestinas e registrando 1.814 detecções de atividades nocivas ao meio ambiente e à cultura Nambikwara.

Pesquisadores da Universidade Federal do ABC analisaram sedimentos do Lago das Garças e revelaram a evolução da poluição por metais em São Paulo ao longo do século XX. O estudo destaca a queda do chumbo após 1986, evidenciando o impacto positivo de políticas ambientais.

Cientista Hugh Montgomery alerta sobre risco de extinção em massa devido às mudanças climáticas, com aumento de até 2,7 °C até 2100, afetando gravemente a biodiversidade e a saúde humana.

Um artigo recente propõe políticas globais para aumentar o uso de materiais biológicos, como madeira, na construção civil, visando reduzir a dependência de combustíveis fósseis e melhorar a sustentabilidade do setor. Os pesquisadores destacam que, apesar de avanços pontuais, a aceitação da madeira como material principal ainda é baixa, e é necessário um plano global para promover sua utilização responsável.