Um artigo recente propõe políticas globais para aumentar o uso de materiais biológicos, como madeira, na construção civil, visando reduzir a dependência de combustíveis fósseis e melhorar a sustentabilidade do setor. Os pesquisadores destacam que, apesar de avanços pontuais, a aceitação da madeira como material principal ainda é baixa, e é necessário um plano global para promover sua utilização responsável.
Os combustíveis fósseis são responsáveis por quase 80% das emissões globais de gases de efeito estufa, com o setor da construção civil contribuindo com 35% desse total. O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), de 2023, destaca a urgência de reduzir essas emissões para atender às metas do Acordo de Paris. Para isso, é necessário triplicar a capacidade de energia renovável e dobrar a eficiência energética até 2030, sendo o setor de edificações crucial nesse processo.
Um novo artigo publicado na revista Nature Reviews Materials, assinado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universität für Bodenkultur, propõe a adoção de materiais biológicos, especialmente a madeira, como uma solução para tornar a construção civil mais sustentável. O professor Victor de Araújo, um dos autores, ressalta que as políticas atuais são muito regionalizadas, o que limita a eficácia das iniciativas. Ele defende um plano global que conecte soluções sustentáveis em diferentes territórios.
Apesar de alguns avanços, como a construção de edifícios emblemáticos em madeira, a aceitação desse material ainda é baixa em comparação aos tradicionais. O edifício Mjøstårnet, na Noruega, é um exemplo de construção em madeira que alcançou 85,4 metros de altura. Projeções para 2030 indicam que a participação da madeira na construção civil da União Europeia deve variar entre 5,8% e 9,5%, dependendo do cenário considerado.
O artigo também menciona que, embora existam legislações e incentivos para construções sustentáveis em vários países, ainda há lacunas significativas. Muitos países com potencial florestal não utilizam a madeira de forma eficaz, e a extração ilegal continua a ser um problema. Os autores enfatizam a necessidade de uma postura rigorosa dos governos e de programas globais que incentivem o manejo florestal sustentável.
Os pesquisadores destacam que a produção de madeira engenheirada, que inclui produtos como painéis e vigas, pode ser ampliada sem a necessidade de derrubar florestas nativas. Eles sugerem que áreas improdutivas ou degradadas podem ser reflorestadas para aumentar a oferta de madeira, contribuindo para a captura de carbono e a mitigação das mudanças climáticas. Essa abordagem pode gerar benefícios ambientais e sociais, sem comprometer a produção de alimentos.
Para os autores, a fragmentação das discussões sobre o uso da madeira e a origem responsável da biomassa florestal são obstáculos a serem superados. Eles defendem que a implementação de uma política global estruturada é essencial para promover a construção sustentável. A união da sociedade civil pode ser um fator decisivo para apoiar iniciativas que visem a sustentabilidade e a preservação ambiental, criando um futuro mais equilibrado e responsável.
Moradores de Saco do Mamanguá protestam contra demolições do Inea em Paraty. O prefeito pediu suspensão das ações até esclarecimentos. A comunidade caiçara de Saco do Mamanguá, em Paraty, enfrenta tensões após o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) demolir imóveis na região, alegando que estavam em área de proteção ambiental. Moradores, que não foram avisados previamente, expressaram indignação e pedem uma posição formal do órgão. O prefeito de Paraty, Zezé Porto, também não foi notificado e solicitou a suspensão das demolições. A Defensoria Pública deu um prazo de quinze dias para o Inea esclarecer a situação.
Angelina Jolie se encontrou com Raquel Machado, presidente do Instituto Libio, no Brasil, destacando a reabilitação de animais e a educação ambiental. A visita gerou visibilidade para a causa.
O projeto Fauna Ameaçada entrega 480 câmeras para monitoramento da fauna no Rio de Janeiro, visando atualizar a lista de espécies ameaçadas e aprimorar a conservação ambiental. A iniciativa é crucial para combater a defasagem de 27 anos nos estudos sobre biodiversidade.
Imagens recentes do Ibama revelam a devastação causada pela mineração ilegal na Terra Indígena Kayapó, no Pará, com impactos ambientais e sociais alarmantes. A atividade garimpeira, que já ocupava 16,1 mil hectares, afeta a fauna e flora locais, além de ameaçar a saúde das comunidades indígenas.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo otimizaram a farinha de sementes de girassol para enriquecer pães com proteínas e antioxidantes, promovendo saúde e sustentabilidade. A inovação pode transformar subprodutos em ingredientes funcionais.
Leilão de blocos na foz do Amazonas, marcado para 17 de junho, enfrenta resistência do MPF e petroleiros, que questionam a falta de licenças e consulta às comunidades tradicionais. A pressão aumenta.