O projeto Fauna Ameaçada entrega 480 câmeras para monitoramento da fauna no Rio de Janeiro, visando atualizar a lista de espécies ameaçadas e aprimorar a conservação ambiental. A iniciativa é crucial para combater a defasagem de 27 anos nos estudos sobre biodiversidade.

As unidades de conservação do estado do Rio de Janeiro receberão 480 câmeras para monitoramento da fauna local. Os equipamentos foram entregues nesta segunda-feira e fazem parte do projeto Fauna Ameaçada, desenvolvido pela Subsecretaria de Mudanças do Clima e Conservação da Biodiversidade. Os registros visuais das câmeras ajudarão a otimizar as políticas de conservação e contribuirão para a atualização da Lista da Fauna Ameaçada do Estado, que resultará na publicação de um livro.
Todas as cidades fluminenses receberão as câmeras, além de unidades de conservação estaduais, como os Parques Estaduais Cunhambebe, dos Três Picos e o Refúgio da Vida Silvestre do Médio Paraíba. Outros equipamentos, como caixas de transporte e puçás, também foram entregues para uso pelos guarda-parques estaduais. A instalação das câmeras será realizada por agentes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) em locais estratégicos.
O levantamento e monitoramento da fauna silvestre no estado fazem parte do Plano de Ação Estadual para a Biodiversidade do Rio de Janeiro, que está sendo elaborado pela secretaria. O plano visa idealizar ações de conservação da biodiversidade entre 2025 e 2030. A última lista de fauna ameaçada foi publicada em 1998, e o novo levantamento é considerado essencial para orientar ações de preservação ambiental, segundo o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
A previsão é que o Livro da Fauna Ameaçada no Rio de Janeiro esteja pronto em até dois anos. Uma empresa especializada será contratada por meio de edital público para auxiliar na análise e organização dos dados coletados. Mais de mil e trezentas espécies de animais vertebrados já foram identificadas na Mata Atlântica, que é um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta.
Dentre essas espécies, aproximadamente seiscentas são aves, duzentas são répteis, duzentas e oitenta são anfíbios e duzentas e sessenta são mamíferos, incluindo a onça parda e o mico-leão-dourado, que estão ameaçados de extinção. A atualização da lista é uma medida urgente para enfrentar a degradação ambiental que afeta a biodiversidade local.
Iniciativas como essa devem ser apoiadas pela sociedade civil, pois a conservação da fauna é fundamental para a saúde dos ecossistemas e para o bem-estar das futuras gerações. A união em torno de projetos de preservação pode fazer a diferença na proteção das espécies ameaçadas e na recuperação da biodiversidade do estado.

Especialistas reavaliam o experimento Biosfera 2, destacando suas lições sobre ecologia e a complexidade de recriar sistemas naturais, além de seu valor na pesquisa sobre mudanças climáticas. O projeto, que custou cerca de US$ 150 milhões, revelou a dificuldade de sustentar a vida humana fora da Terra e a importância de proteger nosso planeta.

Estudo do Boston Consulting Group aponta que o Brasil pode se tornar líder global em metais de baixo carbono, atraindo até US$ 3 trilhões em investimentos até 2050 e reduzindo emissões na indústria.

Empresas intensificam ações sustentáveis no Dia Mundial do Meio Ambiente, promovendo iniciativas como exposições e reflorestamento, refletindo um compromisso com a conservação ambiental. O Parque Bondinho Pão de Açúcar e a Norte Energia destacam-se com atividades educativas e programas de reflorestamento, enquanto a Andrade Gutierrez reduz resíduos em projetos internacionais. A Orla Rio participa de eventos de conscientização, reforçando a importância da preservação dos oceanos.

David Obura, chairman da IPBES, destaca a urgência de integrar oceanos, biodiversidade e clima nas políticas globais, enfatizando avanços legislativos no Brasil e a colaboração internacional necessária para enfrentar crises ambientais.

Instituto Brasília Ambiental e ONG Jaguaracambé realizam expedições para monitorar carnívoros ameaçados. Em abril, o Instituto Brasília Ambiental, em parceria com a ONG Jaguaracambé, iniciou expedições na APA Cafuringa para monitorar carnívoros, com foco em espécies como lobo-guará e jaguatirica. O projeto, que completa dez anos em 2024, visa coletar amostras biológicas para análise de saúde e conservação da fauna no Distrito Federal. Um novo Acordo de Cooperação Técnica foi firmado para fortalecer a pesquisa e manejo de fauna, destacando a importância do monitoramento para políticas públicas ambientais.

A prefeitura de Manaus implementa o uso de drones para monitoramento ambiental e resposta a emergências, em meio a cheias do Rio Negro que causaram prejuízos de R$ 540 milhões em 2023. Os drones, equipados com tecnologia avançada, visam melhorar a detecção de focos de calor e mapear áreas de risco.