Ibama intensifica combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, destruindo estruturas clandestinas e registrando 1.814 detecções de atividades nocivas ao meio ambiente e à cultura Nambikwara.
Cuiabá/MT (12 de agosto de 2025) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) lançou, no dia 1º de agosto, a Operação Xapiri-Sararé, com o objetivo de combater o garimpo ilegal na Terra Indígena (TI) Sararé, localizada em Pontes e Lacerda (MT), território tradicional do povo Nambikwara. A operação já resultou na destruição de uma extensa estrutura utilizada para a extração clandestina de ouro e outros minérios.
Durante a ação, o Ibama apreendeu mercúrio, substância utilizada no garimpo ilegal para separar o ouro, além de destruir depósitos clandestinos de combustível e oficinas de manutenção de maquinário pesado em propriedades rurais vizinhas que serviam como apoio logístico ao garimpo. A TI Sararé registrou, em 2025, o maior número de alertas de garimpo ilegal no Brasil, com 1.814 detecções, conforme monitoramento do Ibama.
O aumento das atividades clandestinas está ligado à migração de garimpeiros para a região, após o endurecimento das ações do Governo Federal em outras áreas. A exploração ilegal já causou a supressão de 743 hectares de vegetação nativa, resultando em graves danos ambientais e sociais, como a poluição de rios e igarapés por mercúrio e resíduos oleosos, além do desmatamento e degradação de habitats.
Os fiscais do Ibama inutilizaram setenta e três escavadeiras utilizadas na TI Sararé. Além disso, a operação evidencia a ameaça cultural enfrentada pelo povo Nambikwara, cujas tradições e modos de vida estão sendo diretamente impactados pela exploração ilegal. O fortalecimento de redes criminosas associadas ao garimpo também é uma preocupação crescente.
Desde 2023, o Ibama tem intensificado suas ações de repressão ao garimpo ilegal, com mais de trezentas escavadeiras e outros equipamentos apreendidos e destruídos. A instituição continuará suas operações por tempo indeterminado, visando conter o avanço do garimpo ilegal e proteger a Terra Indígena Sararé.
Essa situação alarmante destaca a necessidade de apoio à proteção das terras indígenas e ao combate ao crime ambiental. A união da sociedade civil pode fazer a diferença, promovendo iniciativas que ajudem a preservar o meio ambiente e a cultura dos povos indígenas afetados.
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Na COP30, em Belém, a inclusão das big techs nas negociações sobre energia renovável será debatida, destacando a importância da participação de povos tradicionais. O evento abordará soluções climáticas como biometano e hidrogênio verde, com foco na transição energética e na redução das emissões de gases de efeito estufa.
O Conselho Nacional de Justiça se reunirá com a Associação Brasileira de Normas Técnicas para discutir a norma Justiça Carbono Zero, que exige a redução de emissões de carbono no Judiciário até 2030. A iniciativa inclui inventários anuais e metas de redução, alinhando o Judiciário à agenda climática nacional, especialmente com a proximidade da COP 30 no Brasil.
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