Senado aprova projeto que simplifica licenciamento ambiental, criando Licença Ambiental Especial para projetos prioritários, gerando críticas de ambientalistas e divisões no governo a poucos meses da COP 30.

A menos de seis meses para a COP 30, o Brasil enfrenta um debate acalorado sobre o licenciamento ambiental. O Senado aprovou, na noite de quarta-feira (21), um projeto de lei que altera as regras de licenciamento, com 54 votos a favor e 13 contra. A proposta inclui a criação de uma Licença Ambiental Especial, que simplifica o processo para projetos considerados prioritários pelo Executivo. O texto agora retorna à Câmara dos Deputados para nova votação antes de seguir para sanção presidencial.
O projeto gerou críticas significativas de ambientalistas, que o chamaram de "a mãe de todas as boiadas", em referência a uma declaração do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Os opositores argumentam que a mudança pode aumentar o desmatamento e facilitar projetos controversos, como a pavimentação da rodovia BR-319, na Amazônia, e a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas. Eles alertam que isso pode resultar em danos ambientais irreversíveis e constrangimentos políticos internacionais para o Brasil.
Por outro lado, a bancada do agronegócio defende o projeto como uma forma de "destravar o Brasil", alegando que ele reduzirá a burocracia e atrairá investimentos. Os apoiadores afirmam que a proposta manterá e até ampliará as punições para crimes ambientais, ao mesmo tempo em que facilita a implementação de atividades econômicas. No entanto, a divisão no governo é evidente, com o Ministério do Meio Ambiente e parte da bancada governista se opondo ao projeto.
O novo texto estabelece que empreendimentos de médio porte poderão ser licenciados de forma simplificada, sem a necessidade de estudos de impacto ambiental. Além disso, atividades agrícolas poderão ser isentas de licenciamento se vinculadas ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). Críticos apontam que isso pode deixar de fora áreas indígenas em processo de demarcação, o que representa um risco para as comunidades afetadas.
O projeto também prevê que a presença de populações indígenas só será considerada se suas terras estiverem homologadas, o que exclui muitas áreas em processo de regularização. Especialistas alertam que a aprovação do projeto pode resultar em uma judicialização do tema, com possíveis contestações no Supremo Tribunal Federal (STF). A falta de consenso dentro do governo e a pressão da bancada ruralista complicam ainda mais a situação.
Com a COP 30 se aproximando, a aprovação deste projeto pode criar um cenário constrangedor para o Brasil, que busca financiamento para iniciativas socioambientais. A mobilização da sociedade civil é crucial para garantir que projetos que protejam o meio ambiente e respeitem os direitos das comunidades locais sejam priorizados. A união em torno de causas ambientais pode fazer a diferença em um momento tão crítico.

A COP30, em novembro de 2025 em Belém (PA), pode marcar um novo paradigma ao discutir que 30% dos alimentos servidos venham da agricultura familiar local, injetando R$ 3,3 milhões na economia regional. A proposta, apoiada por diversas entidades, visa promover práticas sustentáveis e fortalecer a produção local, refletindo a diversidade da Amazônia.

O governo federal anunciou isenção total do IPI para veículos sustentáveis, visando reduzir emissões e impulsionar a indústria automotiva nacional. A medida, parte do programa Mobilidade Verde e Inovação, deve beneficiar 60% dos veículos no Brasil a partir de 2026.

Mudanças climáticas podem expandir a área de risco da Doença de Chagas no Brasil até 2080, afetando regiões antes seguras, como a Amazônia, devido à adaptação do vetor barbeiro, segundo estudos de universidades e institutos.
Prevfogo, criado em 1989, completa 36 anos em 2025, expandindo brigadas de combate a incêndios florestais e atendendo 82 Unidades de Conservação desde 2008.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, discute na França o Balanço Ético Global, que será apresentado na COP 30 em Belém, visando uma avaliação ética da crise climática. A iniciativa busca mobilizar ações efetivas diante da inação global.

Brasil se destaca na transição energética, com 93% de sua matriz elétrica renovável. Especialistas ressaltam a COP30 em Belém e a urgência de uma industrialização verde para reduzir emissões.