A COP30, em novembro de 2025 em Belém (PA), pode marcar um novo paradigma ao discutir que 30% dos alimentos servidos venham da agricultura familiar local, injetando R$ 3,3 milhões na economia regional. A proposta, apoiada por diversas entidades, visa promover práticas sustentáveis e fortalecer a produção local, refletindo a diversidade da Amazônia.
A 30ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) ocorrerá em novembro de 2025 em Belém (PA). Pela primeira vez, discute-se a proposta de que ao menos 30% dos alimentos servidos durante o evento sejam provenientes da agricultura familiar e da sociobiodiversidade local. Essa iniciativa, parte do projeto “Na Mesa da COP30”, pode injetar até R$ 3,3 milhões na economia regional, promovendo práticas sustentáveis e respeitando os saberes ancestrais das populações amazônicas.
O projeto é apoiado por diversas entidades, incluindo o Centro de Excelência contra a Fome da ONU e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). A proposta visa não apenas oferecer uma alimentação mais saudável aos participantes, mas também fortalecer cooperativas e pequenos produtores que adotam práticas agrícolas sustentáveis. Maurício Alcântara, diretor do Instituto Regenera, destaca que essa injeção de recursos representa uma oportunidade de desenvolvimento sustentável.
Durante a pré-conferência em Bonn, na Alemanha, o governo brasileiro manifestou apoio à proposta. O Secretário Extraordinário para a COP30, Valter Correia, afirmou que o país se comprometeu a garantir que pelo menos 30% das compras de alimentos sejam feitas junto à agricultura familiar. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, também enfatizou a importância de um cardápio que reflita a diversidade e a sustentabilidade da Amazônia.
A proposta tem o potencial de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, uma vez que 74% das emissões no Brasil estão ligadas à produção alimentar, especialmente à agropecuária e ao desmatamento. Ao priorizar alimentos agroecológicos, a COP30 pode se tornar um exemplo de como a cadeia alimentar pode contribuir para o combate à crise climática. Alcântara ressalta que a alimentação sustentável é uma ferramenta poderosa na luta contra as mudanças climáticas.
Para viabilizar a proposta, as entidades envolvidas realizam um mapeamento das cooperativas e associações locais, identificando a produção e a capacidade de distribuição. O processo seguirá as diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira, respeitando as culturas alimentares da região. A expectativa é que essa experiência deixe um legado positivo para a cidade e para a Amazônia, estimulando políticas públicas que fortaleçam a agricultura familiar após a COP.
Os preparativos para a COP30 estão em andamento, com 78% das obras do Parque da Cidade já concluídas. No entanto, a infraestrutura de Belém enfrenta desafios, como a escassez de leitos hoteleiros. O governo brasileiro contratou transatlânticos e anunciou a construção de novos hotéis para acomodar os participantes. Em meio a isso, a sociedade civil se mobiliza, pressionando por espaços de mobilização e destacando temas como justiça climática e financiamento climático. A união em torno dessas causas pode ser fundamental para apoiar iniciativas que valorizem a agricultura familiar e a sustentabilidade.
Estudo revela evolução da poluição por metais no Lago das Garças, em São Paulo. Pesquisadores da Universidade Federal do ABC analisaram sedimentos e destacaram a queda do chumbo após 1986, evidenciando a importância de políticas ambientais.
O BNDES e o Ministério do Meio Ambiente anunciaram R$ 210 milhões para revitalizar o Fundo Amazônia, priorizando parcerias com municípios na luta contra o desmatamento. A iniciativa visa reduzir pela metade a destruição florestal em estados críticos, beneficiando mais de 14 mil famílias com projetos sustentáveis.
Entre 8 e 10 de agosto, o Distrito Federal registrou 224 incêndios em vegetação, consumindo 316,38 hectares. O Corpo de Bombeiros alerta para a importância da prevenção e cuidados em áreas secas.
O documentário "O Efeito Casa Branca" estreia na 14ª Mostra Ecofalante de Cinema, abordando a política ambiental do governo George Bush e a censura sobre informações climáticas nos EUA. O co-diretor Pedro Kos destaca a urgência da ciência climática em um contexto de crescente desinformação.
A mobilização contra o projeto de lei 2.159/2021, que altera o licenciamento ambiental, ganhou força com a hashtag #PLdaDevastação, impulsionada por artistas e ativistas. Com mais de 294 mil menções, a hashtag se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, refletindo a preocupação de cientistas e ambientalistas sobre os impactos negativos da proposta. Celebridades como Anitta e Débora Bloch estão engajadas em adiar a votação, que pode agravar a degradação ambiental e afetar acordos internacionais do Brasil.
O governo brasileiro anunciará o "IPI Verde", que reduzirá o Imposto sobre Produtos Industrializados para veículos sustentáveis a partir de 2026, priorizando modelos populares nacionais. A medida visa descarbonizar o setor automotivo e não terá impacto fiscal.