Meio Ambiente

Engie investe R$ 11,6 bilhões em energia renovável no Brasil até 2027 e se destaca no setor de M&A

O setor de energia renovável no Brasil deve representar 40% das fusões e aquisições em 2025, com a Engie investindo R$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre e R$ 11,6 bilhões até 2027. A recente aprovação da regulamentação para energia eólica offshore abre novas oportunidades, enquanto a Engie se destaca com projetos significativos e uma matriz elétrica limpa, visando 95% de energia renovável até 2030.

Atualizado em
June 25, 2025
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A empresa tem autorização para explorar comercialmente o espaço de Trairi até 2041 (Jorge Matheus (Reprodução / Engie))

O setor de energia renovável no Brasil deve representar quarenta por cento do volume de fusões e aquisições (M&A) em 2025, com uma movimentação total estimada em R$ 120 bilhões. A Engie Energia do Brasil é uma das empresas que se destaca nesse cenário, tendo investido R$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre de 2025 e comprometido mais R$ 11,6 bilhões até 2027. Esses recursos serão direcionados à expansão do parque de geração e à implantação de sistemas de transmissão, incluindo projetos eólicos e fotovoltaicos.

O Conjunto Eólico Trairi, no Ceará, é um dos principais empreendimentos da Engie, com cinquenta turbinas que geram uma capacidade significativa. Desde 2018, o complexo é operado remotamente a partir de Florianópolis e possui autorização para exploração comercial até 2041. Com a adição de outros conjuntos eólicos, a empresa alcança uma capacidade total de geração de 646,6 megawatts (MW) em suas 116 usinas, representando cerca de seis por cento da capacidade total do Brasil.

O Brasil se destaca por ter uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo, com mais de oitenta por cento da energia proveniente de fontes renováveis. A energia eólica, em particular, tem se consolidado como uma das principais fontes renováveis do país. Recentemente, o Congresso aprovou a regulamentação para a instalação de equipamentos de energia eólica offshore, abrindo novas oportunidades para o setor.

Em 2024, o Brasil ocupou a quinta posição global em capacidade instalada de energia eólica onshore, segundo o Global Wind Energy Council (GWEC). As fontes eólica e solar juntas representam trinta e cinco por cento da capacidade energética nacional, um aumento significativo em relação a 2018, quando essa participação era de apenas dez por cento. O crescimento do setor atraiu a atenção de grandes empresas, como a Engie, que desde sua chegada ao Brasil em mil novecentos e noventa e seis, tem investido em diversas áreas do setor energético.

O maior volume de investimentos da Engie ocorreu em 2024, totalizando R$ 9,7 bilhões, com foco em usinas solares e eólicas. A empresa se tornou uma geradora de energia elétrica cem por cento renovável após a venda de sua última operação a carvão. O gerente de Comercialização de Energia da Engie Brasil, Maury Garrett, destacou que as tecnologias de energia renovável estão consolidadas e se complementam, permitindo uma geração eficiente em diferentes condições climáticas.

Apesar do crescimento, o setor enfrenta desafios, como a insuficiência da capacidade de transmissão no Nordeste, resultando em perdas significativas para os setores eólico e solar. A falta de planejamento e a burocracia regulatória dificultam novos investimentos. Em situações como essa, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem melhorar a infraestrutura e garantir um futuro energético mais sustentável.

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