A pesquisa da Esalq revela que a vida útil das florestas secundárias na Mata Atlântica está em declínio, impactada pela expansão agrícola e lacunas na legislação de proteção. O estudo destaca a necessidade urgente de políticas eficazes para garantir a permanência dessas florestas e seus serviços ecossistêmicos.
A Mata Atlântica enfrenta uma redução na vida útil das florestas secundárias, que se formam quando a vegetação original se recupera naturalmente. Essa informação é resultado de uma pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP). O estudo aponta que a degradação das florestas é agravada pela expansão agrícola e pela legislação que não protege adequadamente os estágios iniciais de regeneração.
Frederico Miranda, engenheiro florestal e autor da pesquisa, explica que a modelagem do ganho de cobertura florestal utiliza dados históricos e atuais para projetar cenários futuros. Essa abordagem permite explorar cenários políticos e climáticos, ajudando na gestão florestal. Contudo, a precisão das projeções é limitada pela imprevisibilidade das dinâmicas florestais tropicais e pela alta variabilidade nos processos de perda e ganho de vegetação.
A primeira parte da tese de Miranda consistiu em uma revisão de estudos sobre modelagem espacialmente explícita, com foco em regiões tropicais e subtropicais, especialmente na América do Sul. A pesquisa revelou que a regeneração natural é fundamental para a recuperação da cobertura florestal, mas as florestas secundárias na Mata Atlântica têm baixa permanência devido a cortes frequentes.
Esses cortes são impulsionados por fatores como a demarcação de terras e a preservação do valor futuro das propriedades. Miranda destaca que, embora haja um aumento na cobertura florestal nativa, a qualidade ecológica dessas áreas é comprometida, resultando em um estoque de carbono inferior ao potencial máximo.
O estudo também revela que a vida útil das florestas secundárias está diminuindo, em parte devido à expansão de cultivos como cana-de-açúcar e soja, e à Lei Federal nº 11.428/2006, que não proíbe intervenções em estágios iniciais de regeneração. Isso permite que proprietários rurais realizem cortes antes que as áreas atinjam proteção legal, comprometendo a recuperação da vegetação.
Miranda conclui que a transformação estrutural das florestas secundárias tem implicações significativas para a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos. Para reverter a tendência de cortes recorrentes, é essencial aprofundar os estudos sobre as causas desse fenômeno. A união da sociedade civil pode ser crucial para garantir a proteção e a permanência dessas florestas, assegurando a realização de seus benefícios ecossistêmicos.
Pesquisadores da Unesp criaram uma tecnologia inovadora que utiliza imagens de satélite e inteligência artificial para mapear o uso do solo no Mato Grosso, alcançando 95% de precisão nas análises. Essa metodologia pode auxiliar na formulação de políticas públicas que beneficiem tanto a agropecuária quanto a preservação ambiental.
John D. Liu, cineasta e ativista ambiental, destaca a recuperação do platô Loess na China e critica a destruição ambiental no Brasil, enquanto pondera sobre sua participação na COP30 em Belém.
Pesquisadores da Universidade Federal do ABC analisaram sedimentos do Lago das Garças e revelaram a evolução da poluição por metais em São Paulo ao longo do século XX. O estudo destaca a queda do chumbo após 1986, evidenciando o impacto positivo de políticas ambientais.
Grupo Águas do Brasil recolheu mais de 255 mil litros de óleo desde 2019, evitando a poluição de 6,3 bilhões de litros de água. Em 2025, o número de pontos de coleta cresceu de 82 para quase 700, refletindo um impacto significativo.
O aumento do preço do açaí em Belém, devido à entressafra e mudanças climáticas, afeta consumidores e produtores. O governador do Pará, Hélder Barbalho, deseja compartilhar a fruta com Donald Trump na COP30.
A Praia de Botafogo é considerada própria para banho, com águas limpas e avistamento de tartarugas marinhas, após intervenções de saneamento. O Inea confirma a melhoria na balneabilidade, atraindo cariocas e turistas.