Desmatamento no Brasil caiu 32,4% em 2024, mas o Cerrado perdeu 652.197 hectares, e a Caatinga teve um alerta alarmante de 13.628 hectares em três meses. Situação crítica persiste.

Em 2024, o desmatamento no Brasil apresentou uma queda de 32,4% em todos os biomas, conforme dados da rede MapBiomas. Essa redução marca o segundo ano consecutivo de diminuição nas áreas desmatadas. Apesar desse avanço, o Cerrado se destacou como o bioma mais afetado, com a perda de 652.197 hectares. A Caatinga também apresentou um alerta preocupante, com 13.628 hectares desmatados em apenas três meses, o maior índice registrado em seis anos de monitoramento.
Os dados do Relatório Anual do Desmatamento no Brasil (RAD) revelam que, entre 2019 e 2024, o Brasil perdeu uma área equivalente à Coreia do Sul, totalizando 9.880.551 hectares desmatados. Desses, 67% ocorreram na Amazônia Legal. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reafirmou o compromisso de alcançar o desmatamento zero na Amazônia até 2030, uma promessa central de sua campanha.
A região de Matopiba, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, concentrou 75% do desmatamento no Cerrado e cerca de 42% da perda de vegetação nativa no Brasil. Mesmo com uma redução de 34,3% no desmatamento, o Maranhão ainda foi o estado que mais desmatou, com 218.298,4 hectares devastados. O Pará, que sediará a COP30 em novembro, também se destaca com um acumulado de cerca de 2 milhões de hectares desmatados entre 2019 e 2024.
Embora a Amazônia tenha registrado o menor índice de desmatamento desde o início da série histórica do RAD, a região ainda perdeu 377.708 hectares. O Acre, apesar de ser o menor estado da Amazônia, desmatou 30% a mais do que sua média anterior. Juntos, Cerrado e Amazônia representam quase 83% da área desmatada no Brasil em 2024.
Na Caatinga, o único imóvel rural do Piauí foi responsável por desmatar 13.628 hectares em três meses, um número alarmante. Os municípios que mais contribuíram para esse aumento estão todos no Piauí, destacando a necessidade urgente de ações de preservação. O Pantanal e a Mata Atlântica também sofreram perdas, mas em menor escala, com 23.295 hectares e 13.472 hectares, respectivamente.
O MapBiomas aponta que mais de 97% da perda de vegetação nativa nos últimos seis anos se deve à agropecuária. Essa situação exige uma mobilização da sociedade civil para apoiar iniciativas que promovam a recuperação e preservação dos biomas. A união em torno de projetos que visem a proteção ambiental pode fazer a diferença na luta contra o desmatamento e na promoção de um futuro sustentável.

No Dia Mundial do Meio Ambiente, o Parque Nacional da Tijuca reintroduzirá quatro araras-canindés, espécie extinta na região há mais de 200 anos, em uma ação do programa Refauna. Essa iniciativa, apoiada pelo ICMBio, visa restaurar a biodiversidade da Mata Atlântica, promovendo a recuperação ecológica e reconectando as pessoas à natureza. As aves, provenientes de um centro de reabilitação em São Paulo, passarão por aclimatação antes de serem liberadas.

Estudo revela que microplásticos, antes considerados inofensivos ao cérebro, estão associados a um aumento de doenças crônicas em áreas costeiras. Pesquisadores alertam para os riscos à saúde pública.

Petrobras lança ProFloresta+ com BNDES, visando restaurar 50 mil hectares na Amazônia e gerar 15 milhões de créditos de carbono, após polêmicas sobre compra anterior de créditos.

Neste domingo, 01 de junho, a Feira Gaiola Atmosférica traz o tema EcoAÇÃO, celebrando o mês do Meio Ambiente com atividades interativas na Afro Escola Laboratório Urbano, em Santo André. O evento, que ocorre das 14h às 21h, contará com rodas de conversa, degustação de alimentos, trocas de mudas e um sarau, além de ações da Semana Mundial do Brincar. A participação da comunidade é incentivada, com espaço para criAÇÕES artísticas e intelectuais.

Um impressionante cardume de aproximadamente oito mil raias-ticonha foi registrado em Arraial do Cabo, despertando a admiração de frequentadores e a atenção de pesquisadores. O cinegrafista Marcelo Gah, que realiza monitoramento diário da fauna marinha, capturou as imagens do fenômeno, que ocorreram durante a migração dos animais em busca de alimento. A bióloga marinha Larissa Gouvêa Paiva destacou a importância da preservação dessas espécies, que estão ameaçadas na costa do Rio de Janeiro.

Reunião sobre altos custos de hospedagem da COP30 em Belém foi cancelada, evidenciando crise na infraestrutura hoteleira. Medidas rigorosas visam conter a especulação de preços, enquanto novas opções de estadia são oferecidas.