Durante a palestra no Rio Innovation Week, Nathalie Kelley criticou a influência de corporações nas conferências climáticas, destacando que a COP30 em Belém deve abordar a globalização como causa das mudanças climáticas.
Durante a palestra no Rio Innovation Week, realizada no dia 28 de abril, o CEO da World Climate Foundation, Jens Nielsen, e a ativista indígena e atriz Nathalie Kelley discutiram os desafios da COP30, que ocorrerá em Belém, no Pará, em novembro. O evento visa abordar a tecnologia e as políticas globais em relação às mudanças climáticas. No entanto, a conversa tomou um rumo tenso quando Kelley criticou a influência das corporações multinacionais nas conferências climáticas.
Kelley afirmou que as conferências têm sido "corrompidas" por interesses corporativos, que manipulam as discussões nos bastidores. Ela destacou que a ideia de "Net zero" — que busca equilibrar as emissões de gases de efeito estufa com a quantidade removida da atmosfera — é uma abordagem que, segundo ela, não resolve o problema. Para Kelley, essa visão é reducionista e ignora a complexidade das mudanças climáticas.
A ativista enfatizou que o clima não é o vilão, mas sim uma resposta ao sistema econômico global. "Até que essas conferências lidem com o elefante na sala, que é a globalização, nada irá mudar", declarou. Essa crítica ressalta a necessidade de uma abordagem mais abrangente e integrada para enfrentar os desafios climáticos.
A COP30, que se aproxima, deve ser um espaço para discutir não apenas soluções tecnológicas, mas também as políticas que regem a economia global. A participação de vozes como a de Kelley é fundamental para trazer à tona questões que muitas vezes são negligenciadas em fóruns desse tipo.
O evento no Rio Innovation Week destacou a importância de se ouvir diferentes perspectivas sobre as mudanças climáticas. A crítica de Kelley serve como um alerta para que as discussões futuras na COP30 não sejam dominadas por interesses corporativos, mas sim orientadas por uma visão mais holística e inclusiva.
Em um cenário onde as vozes de comunidades e ativistas são essenciais, a união da sociedade civil pode fazer a diferença. Projetos que promovem a conscientização e a ação em prol do meio ambiente devem ser incentivados, pois podem impactar positivamente as discussões e soluções para as mudanças climáticas.
A Operação Asfixia desmantelou mais de 100 estruturas de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, com a participação de diversas agências de segurança. A ação resultou na apreensão de substâncias perigosas e na neutralização de duas aeronaves, impactando a logística do garimpo.
O plano da Coalizão para a Descarbonização dos Transportes, lançado em 2025, busca eletrificar 50% dos carros e 300 mil ônibus até 2050, com investimentos de R$ 600 bilhões e redução de 35% nas emissões de CO2.
O Brasil perdeu 111,7 milhões de hectares de áreas naturais entre 1985 e 2024, reduzindo a vegetação nativa de 80% para 65%, com a agropecuária como principal responsável. O MapBiomas alerta para a urgência de políticas que equilibrem produção agrícola e preservação ambiental.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vetou 63 trechos de um projeto de lei que flexibilizava o licenciamento ambiental, mantendo rigor nas regras e editando uma medida provisória para acelerar licenças de obras estratégicas.
A COP30, em novembro, celebrará uma década do Acordo de Paris, destacando a necessidade urgente de ações climáticas efetivas, com foco em cidades e regiões. A inclusão de líderes locais é crucial para transformar compromissos em resultados tangíveis.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfrenta resistência no Congresso após o veto de 63 dispositivos da nova lei de licenciamento ambiental pelo presidente Lula, que propõe um novo projeto. A ministra busca convencer os parlamentares sobre a importância de integrar avanços conceituais, mantendo a proteção ambiental e a agilidade no processo.