O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vetou 63 trechos de um projeto de lei que flexibilizava o licenciamento ambiental, mantendo rigor nas regras e editando uma medida provisória para acelerar licenças de obras estratégicas.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vetou sessenta e três trechos do projeto de lei que flexibilizava as regras de licenciamento ambiental, aprovado pela Câmara dos Deputados. Essa decisão foi tomada após consultas ao advogado-geral da União e a ministros, incluindo os das áreas de Agricultura e Meio Ambiente. O governo também anunciou uma medida provisória para acelerar o licenciamento de obras consideradas estratégicas, buscando um equilíbrio entre agilidade e rigor nas normas ambientais.
Entre os trechos vetados, destaca-se a restrição do uso da Licença por Adesão e Compromisso (LAC) para empreendimentos com médio potencial poluidor. Essa licença simplificada, que não exige análise técnica prévia, poderia ser aplicada a projetos de maior impacto ambiental, como barragens de rejeitos. Com o veto, a LAC será limitada a obras de baixo potencial poluidor, reforçando a proteção ambiental.
Além disso, o governo barrou a transferência de responsabilidades sobre critérios de licenciamento para estados e municípios, uma medida que poderia facilitar flexibilizações prejudiciais ao meio ambiente. A proposta que retirava do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a autorização para remoção de vegetação nativa na Mata Atlântica também foi vetada, assim como a exclusão da Fundação Nacional dos Povos Indígenas de decisões sobre obras em territórios indígenas não homologados.
O governo decidiu manter a licença ambiental especial, que permite autorizações mais rápidas para obras estratégicas, independentemente do impacto ambiental. A nova licença, que entra em vigor imediatamente, foi modificada em relação ao modelo aprovado pelo Congresso, resgatando as três etapas de análise dos pedidos de licenciamento, em resposta a solicitações de ambientalistas.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que as mudanças garantem rigor no licenciamento, ao mesmo tempo que agilizam o processo de concessão de licenças. Essa abordagem busca atender às demandas por desenvolvimento sustentável, sem comprometer a proteção dos recursos naturais e da biodiversidade.
Em um momento em que a proteção ambiental é crucial, a mobilização da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável. Projetos que visam a preservação do meio ambiente e a proteção de comunidades vulneráveis podem se beneficiar de um esforço coletivo, unindo forças em prol de um futuro mais sustentável e justo.

O Brasil perdeu 111,7 milhões de hectares de áreas naturais entre 1985 e 2024, com 62,8 milhões de hectares de florestas devastadas, segundo o relatório do Mapbiomas. A conversão acelerada para agropecuária e mineração agrava as emissões de carbono e as mudanças climáticas.

O desmatamento na Amazônia aumentou 4% entre agosto de 2024 e julho de 2025, totalizando mais de 4 mil km², enquanto o Cerrado registrou queda de 21% nos alertas de desmatamento. O governo atribui a alta à seca e aos incêndios florestais, destacando a necessidade de intensificar a fiscalização e o combate ao fogo.

A Aneel manterá a Bandeira Vermelha, patamar 1, em julho de 2025, com um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, devido à escassez de chuvas que afeta a geração hidrelétrica.

Uma faixa de instabilidade causará chuvas intensas e queda de temperatura no Brasil, com geadas no Sul. O Inmet alerta para riscos de alagamentos e danos à saúde devido ao frio.

Estudo revela que as áreas mais críticas da Amazônia para a biodiversidade recebem menos investimento em gestão, com 50 das 261 unidades analisadas apresentando gestão fraca ou regular. A pesquisa do IPÊ e da UFG destaca a urgência de fortalecer essas áreas para evitar a extinção de espécies.

Um homem foi flagrado soltando uma rede de pesca de uma baleia-franca-austral em Palhoça, gerando polêmica. O Ibama investiga a ação, afirmando que intervenções devem ser feitas por órgãos competentes.