O Brasil perdeu 111,7 milhões de hectares de áreas naturais entre 1985 e 2024, reduzindo a vegetação nativa de 80% para 65%, com a agropecuária como principal responsável. O MapBiomas alerta para a urgência de políticas que equilibrem produção agrícola e preservação ambiental.

O Brasil enfrentou uma significativa perda de áreas naturais entre 1985 e 2024, totalizando 111,7 milhões de hectares, o que representa 13% do território nacional. Esses dados foram divulgados na Coleção 10 do MapBiomas, lançada em Brasília. O avanço da agropecuária e eventos climáticos extremos aceleraram esse processo de ocupação do solo. Em 1985, 80% do Brasil era coberto por vegetação nativa, enquanto em 2024 esse índice caiu para 65%. Atualmente, 32% da área do país é ocupada pela agropecuária.
As formações florestais foram as mais impactadas, com a perda de 62,8 milhões de hectares, equivalente a uma redução de 15%, área maior que a Ucrânia. O Cerrado também sofreu, com a perda de 37,4 milhões de hectares, representando uma diminuição de 25%, área superior à da Alemanha. Tasso Azevedo, coordenador-geral do MapBiomas, destacou que a intensidade da ocupação do solo nas últimas quatro décadas é sem precedentes.
Além da vegetação, o Brasil também registrou uma redução de 11,9% nas áreas alagadas e úmidas, correspondendo a cerca de 100 mil quilômetros quadrados, equivalente ao estado de Pernambuco. O Pantanal foi o bioma mais afetado, enquanto a Mata Atlântica teve um aumento devido à construção de reservatórios. Esses dados evidenciam a urgência de políticas públicas que conciliem a produção agrícola com a preservação ambiental.
A vegetação secundária, que se regenera em áreas anteriormente desmatadas, representa apenas 6,1% da vegetação nativa. Essa situação alarmante requer ações imediatas para restaurar biomas degradados e controlar o avanço sobre áreas naturais ainda preservadas. A degradação ambiental não afeta apenas a biodiversidade, mas também compromete a qualidade de vida das populações locais.
As informações apresentadas pelo MapBiomas são um chamado à ação. A sociedade civil deve se mobilizar para apoiar iniciativas que promovam a conservação e a recuperação das áreas naturais. A implementação de projetos que visem a restauração ambiental é essencial para reverter esse quadro preocupante e garantir um futuro sustentável.
Nossa união pode fazer a diferença em situações como essa. Ao apoiar projetos que buscam restaurar e preservar a natureza, contribuímos para um Brasil mais verde e saudável. É fundamental que todos se envolvam e ajudem a promover a conscientização sobre a importância da preservação ambiental.

Entre 1985 e 2024, 24% do Brasil queimou, totalizando 206 milhões de hectares. Em 2024, os incêndios aumentaram 62%, com destaque para o Pantanal e mudanças na vegetação afetada.

Appian Capital Brazil e Atlantic Nickel investem R$ 8,5 milhões em reflorestamento, recuperando 274 hectares da Mata Atlântica e criando viveiro para 120 mil mudas anuais na Bahia. A iniciativa visa restaurar áreas afetadas pela mineração.

Fraude no Cadastro Ambiental Rural (CAR) expõe vulnerabilidades do sistema, como o caso da fazenda BV, que obteve R$ 4,6 milhões com dados falsos. A falta de checagem eficiente prejudica a proteção ambiental.

O Censo Brasileiro de Cavernas Turísticas 2025 foi lançado para promover o turismo sustentável e coletar dados sobre a gestão das mais de 26 mil cavernas do Brasil, destacando sua importância econômica e social.

O Instituto Clima e Sociedade (iCS) lançou um hub de economia e clima, visando integrar conhecimento científico e promover ações climáticas no Brasil, que enfrenta desafios institucionais. O evento destacou a urgência de transitar de uma gestão reativa para estratégias preventivas, com especialistas apontando que o Brasil possui vantagens únicas, como um vasto capital natural e uma matriz energética limpa.

A Green Zone da COP30 em Belém do Pará será um espaço aberto ao público para apresentar soluções climáticas e promover colaboração entre diversos setores. Inscrições vão até 22 de julho.