A COP30, em novembro, celebrará uma década do Acordo de Paris, destacando a necessidade urgente de ações climáticas efetivas, com foco em cidades e regiões. A inclusão de líderes locais é crucial para transformar compromissos em resultados tangíveis.
A COP30, que ocorrerá em novembro, celebra uma década desde a assinatura do Acordo de Paris, envolvendo 196 países na luta contra a crise climática. Apesar de alguns avanços, a diferença entre os compromissos e sua implementação permanece significativa. Políticas isolacionistas e crises econômicas têm dificultado os resultados do acordo, levando a uma necessidade urgente de cooperação. A COP30 em Belém deve ser um marco para a implementação de ações climáticas, priorizando a ação imediata em vez de novas cláusulas.
Cidades e regiões desempenham um papel crucial na resposta à mudança climática, pois enfrentam essa realidade diariamente. Na C40 Cities, uma rede de quase cem cidades líderes em ações climáticas, 75% das cidades membros estão reduzindo suas emissões per capita mais rapidamente do que seus países. A inclusão de governos locais é essencial, pois eles compreendem que as políticas climáticas devem garantir justiça social e econômica, evitando medidas que aprofundem desigualdades.
Exemplos de ações bem-sucedidas incluem iniciativas em Acra, Gana, onde a qualidade do ar é melhorada em bairros de baixa renda, e em Barcelona, Espanha, onde abrigos climáticos são oferecidos a grupos vulneráveis. O Acordo de Paris reconhece a importância dos atores subnacionais, e a COP30 deve fortalecer essa liderança na governança climática. É fundamental que as COPs se tornem espaços de entrega de resultados, não apenas de discursos.
A Coalizão para Parcerias Multiníveis de Alta Ambição para Ação Climática (CHAMP), lançada na COP28, conta com setenta e cinco países comprometidos em integrar cidades e regiões nas decisões climáticas. Na COP30, os países da CHAMP devem apresentar delegações inclusivas que reflitam o compromisso de incluir líderes locais nas negociações e demonstrar como a coordenação entre diferentes níveis de governo pode transformar promessas em ações concretas.
O financiamento climático é um desafio significativo, com poucos recursos chegando às cidades e regiões, onde a implementação realmente ocorre. Para mudar essa realidade, bancos de desenvolvimento precisam criar programas que apoiem planos climáticos locais. A mudança cultural é necessária para garantir que cidades e regiões tenham um papel ativo nas decisões climáticas, permitindo que elas liderem a luta contra a crise climática.
A luta contra a crise climática não se limita às negociações em salas fechadas; ela acontece nas comunidades e bairros. Cidades e regiões têm o potencial de impulsionar maior ambição climática, mas precisam de voz ativa e acesso a financiamento. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos, promovendo ações que beneficiem as comunidades mais afetadas pela mudança climática.
Pesquisadores brasileiros publicaram um estudo na Nature que quantifica o impacto da expansão agrícola e urbana nas populações de peixes do Alto do Rio Paraná, afetando a economia pesqueira local.
O Ministério da Integração anunciou a privatização da transposição do Rio São Francisco, gerando preocupações sobre o custo da água e a infraestrutura necessária para abastecer o Nordeste. Especialistas criticam a medida, destacando que a obra prioriza interesses econômicos em detrimento das comunidades vulneráveis.
Uma onça-parda foi resgatada em Iconha, Espírito Santo, após ser vista nas ruas e se esconder em um prédio. A operação contou com a Polícia Militar, o Batalhão Ambiental e a Defesa Civil, e o animal será reintegrado à natureza.
A Defesa Civil de São Paulo alerta para temporais a partir de hoje, com riscos de deslizamentos e alagamentos. A população deve redobrar os cuidados, especialmente em áreas de risco.
O BNDES lançou um edital de R$ 10 bilhões para projetos de energias renováveis no Nordeste, com propostas aceitas até 15 de setembro. A iniciativa visa impulsionar a transição energética e a descarbonização no Brasil.
A Aneel manterá a Bandeira Vermelha, patamar 1, em julho de 2025, com um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, devido à escassez de chuvas que afeta a geração hidrelétrica.