Infestação do borrachudo, Simulium spp, preocupa moradores do Itanhangá. Ações conjuntas entre autoridades visam combater o inseto com limpeza de rios e uso de BTI, buscando restaurar o equilíbrio ambiental.
O inseto borrachudo, conhecido cientificamente como Simulium spp, está se tornando um problema de saúde pública na região do Itanhangá. Com menos de quatro milímetros, sua infestação aumentou em um período atípico, levando autoridades municipais a se mobilizarem para combatê-lo. O inseto se reproduz nas margens de córregos e rios, e sua população cresceu devido a desequilíbrios ambientais, como a destruição de áreas de mata e o uso de inseticidas que eliminam seus predadores naturais.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, destacou a necessidade de uma ação conjunta para resolver a situação. Ele afirmou que a eliminação do borrachudo não pode depender apenas do setor de saúde, mas deve incluir medidas como a demolição de construções irregulares nas matas. Soranz enfatizou que a solução mais eficaz é garantir o equilíbrio ambiental, em vez de aumentar a aplicação de venenos.
No dia dezesseis de maio, Soranz se reuniu com vereadores e moradores de Itanhangá, Barrinha e Alto da Boa Vista para discutir estratégias de combate ao borrachudo. Durante o encontro, foi anunciada a criação de uma comissão especial da Câmara, presidida pelo vereador Marcelo Diniz, para acompanhar as iniciativas. Os parlamentares também solicitaram a elaboração de uma cartilha educativa para orientar a população sobre prevenção e ações de limpeza de rios e córregos.
A aplicação de BTI (bactéria que elimina larvas do borrachudo sem prejudicar o meio ambiente) já começou, assim como a limpeza de pedras e margens dos rios. A Comlurb, Rio-Águas, a Secretaria de Saúde e a subprefeitura local estão realizando essas ações. A Associação de Moradores e Amigos do Itanhangá Leste (AMA-IL) também realiza trabalho semelhante na cachoeira do Morro do Banco, embora a presidente da associação, Maria Lúcia Mascarenhas, tenha alertado sobre a falta de recursos para expandir essas iniciativas.
Moradores, como Antônio Antunes, proprietário de um restaurante na Barrinha, relatam que a situação se agravou, com o borrachudo se tornando mais agressivo e se espalhando por áreas antes menos afetadas. Ele gasta cerca de um frasco de repelente a cada dois dias para proteger seus clientes. A preocupação com a saúde e o bem-estar da comunidade está crescendo, e a necessidade de ações efetivas se torna cada vez mais urgente.
As iniciativas em andamento são um passo importante, mas a colaboração entre os governos municipal e estadual é essencial para garantir um manejo ambiental eficaz e duradouro. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar projetos que visem a recuperação e preservação do meio ambiente, ajudando a mitigar a infestação do borrachudo e a proteger a saúde da população.
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Sebastião Salgado, em quarentena, reflete sobre a relação do homem com a natureza e planeja uma exposição sobre a Amazônia, destacando a urgência da preservação ambiental e mudanças sociais. A mostra, prevista para abril de 2021, reunirá imagens e testemunhos de comunidades indígenas, promovendo uma nova consciência sobre a importância do meio ambiente.
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