Negociações climáticas em Bonn não avançaram em questões cruciais, como financiamento e adaptação, aumentando a pressão sobre a COP30 em Belém. O Brasil, anfitrião, enfrenta desafios históricos sem soluções práticas.

As negociações preparatórias para a Conferência das Partes (COP30), que ocorrerá em Belém em novembro, terminaram sem resolver questões cruciais, como financiamento climático e adaptação. Durante duas semanas, representantes de duzentos países se reuniram em Bonn, na Alemanha, mas enfrentaram impasses que dificultaram o avanço em temas essenciais. O Brasil, que presidirá a COP30, não conseguiu destravar agendas fundamentais, o que aumenta a pressão sobre a conferência para abordar problemas que persistem há anos.
O financiamento para ações climáticas em países em desenvolvimento foi o principal obstáculo nas discussões. Apesar da meta de mobilizar um trilhão e trezentos bilhões de dólares por ano até dois mil e trinta, não foram estabelecidos mecanismos claros para sua implementação. O texto final da conferência previu apenas trezentos bilhões de dólares anuais, um valor considerado insuficiente pelos países em desenvolvimento, que já expressaram insatisfação em reuniões anteriores.
Além disso, a agenda de adaptação climática também não avançou. O Objetivo Global de Adaptação (GGA) continua sem definição clara, com divergências sobre indicadores de progresso e financiamento. Embora tenha havido uma redução de mais de quinhentas propostas para cem indicadores práticos, a falta de recursos financeiros para ações de adaptação permanece um ponto crítico, especialmente para nações vulneráveis que já enfrentam os impactos das mudanças climáticas.
A transição dos combustíveis fósseis também foi um tema polêmico. Países produtores de petróleo resistiram a diretrizes mais rigorosas para a eliminação dessas fontes de energia. O texto final da conferência optou por uma linguagem mais branda, reconhecendo a necessidade de uma transição, mas sem estabelecer metas claras. Essa resistência pode comprometer os esforços para enfrentar a urgência da crise climática.
O papel do Brasil nas negociações foi avaliado de forma mista. Embora tenha demonstrado disposição para buscar consenso, sua atuação inicial não atendeu às expectativas de destravar questões importantes. Especialistas destacam que, apesar das dificuldades, o Brasil conseguiu garantir que o debate continuasse vivo e apresentou uma agenda climática estruturada em seis eixos, com trinta ações que envolvem diversos setores da sociedade.
Os resultados limitados de Bonn aumentam a pressão sobre a COP30 para que sejam alcançados avanços concretos. A expectativa é que a conferência em Belém possa oferecer novas discussões sobre financiamento e governança climática. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que ajudem a enfrentar os desafios climáticos e a promover soluções sustentáveis para os países em desenvolvimento.

O fim de semana no Brasil será marcado por chuvas intensas no Norte e Nordeste, especialmente na Bahia, enquanto o Centro-Sul enfrentará frio e tempo seco, com mínimas abaixo de 14°C. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas para riscos de alagamentos e quedas de energia.

Executivos de grandes empresas debatem a mineração sustentável e combustíveis verdes, como o SAF, ressaltando a importância da conservação de florestas tropicais na transição energética.

A concessionária Iguá enfrenta uma multa de R$ 124,2 milhões da Agenersa por irregularidades na Estação de Tratamento de Esgoto da Barra, enquanto a Câmara Comunitária sugere que o valor seja destinado à despoluição da região.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, criticou a alta dos preços de hospedagem em Belém para a COP-30, chamando a situação de "extorsão", enquanto elogiou os vetos de Lula ao projeto de licenciamento ambiental.

Jabuti ferido é resgatado na Floresta Nacional de Brasília após queimadas. O animal, com casco queimado, recebe tratamento inovador com pele de tilápia no Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre.

Nesta sexta-feira (17/7), Brasília registrou a menor temperatura do ano, 10,1°C, com risco elevado de incêndios florestais e choque térmico devido à baixa umidade do ar, que pode afetar a saúde da população.