O Ministério da Agricultura criticou a meta do governo Lula de zerar o desmatamento ilegal até 2030, considerando-a inviável e desconectada da realidade, propondo a exclusão de ações do plano interministerial.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) criticou a meta do governo Lula de eliminar o desmatamento ilegal em todos os biomas até 2030, considerando-a inviável e desconectada da realidade. A avaliação foi realizada a pedido do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e acessada pela Folha. O Mapa argumentou que a ação de monitorar e eliminar o desmatamento ilegal é impraticável, destacando que a proposta de zerar o desmatamento em áreas públicas é fora da razoabilidade.
O MMA solicitou ao Mapa sugestões para aprimorar o Plano Setorial de Uso e Cobertura da Terra em Áreas Públicas, que visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa e controlar o uso de terras públicas. O Mapa, em seu parecer, sugeriu a exclusão total das ações relacionadas ao desmatamento ilegal ou, pelo menos, que não fosse o responsável por essas ações.
Além disso, o MMA mencionou a necessidade de desenvolver um "Plano Nacional de Rastreabilidade" para produtos agropecuários em terras públicas. O Mapa respondeu que essa iniciativa se limita à rastreabilidade de bovinos e búfalos, não abrangendo outros produtos. A crítica do Mapa reflete uma tensão entre as prioridades do ministério e as metas ambientais do governo.
O MMA reafirmou que o compromisso de zerar o desmatamento até 2030 é uma missão formal do governo, conforme acordos internacionais, incluindo o Balanço Global aprovado na COP28. A Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil, apresentada na COP29, também reitera esse compromisso, que envolve a eliminação do desmatamento ilegal e a compensação pela supressão legal da vegetação nativa.
O MMA destacou que o plano de eliminação do desmatamento ilegal é um esforço conjunto de diversos ministérios e que já houve progressos, como a redução de 45,7% na taxa de desmatamento na Amazônia até julho de 2024, em comparação ao mesmo período de 2022. O ministério enfatizou que a continuidade e ampliação das ações são essenciais para alcançar a meta estabelecida.
Em um contexto de divergências políticas, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu que a agenda ambiental avança, apesar das dificuldades. Ela ressaltou que o governo está comprometido com a proteção ambiental e que a colaboração entre os ministérios é fundamental. Nesse cenário, a união da sociedade civil pode ser crucial para apoiar iniciativas que visem a preservação ambiental e a recuperação de áreas degradadas.

Estudo da EY-Parthenon aponta que o Brasil pode liderar a produção de hidrogênio verde, mas enfrenta desafios em planejamento energético, regulamentação e infraestrutura. O país precisa agir para não perder espaço no mercado global.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 103 quilos de ouro ilegal em Roraima, avaliados em R$ 62 milhões, durante uma blitz. O ouro, suspeito de vir da Terra Indígena Yanomami, tinha como destino a Venezuela ou Guiana.
O Brasil se prepara para a COP30, que ocorrerá na Amazônia em 2025, com foco em políticas de desenvolvimento sustentável e segurança hídrica, segundo Valder Ribeiro, do MIDR. O evento reunirá quase 200 países.

Filhotes de ariranha foram avistados pela primeira vez nas câmeras de monitoramento da Usina Hidrelétrica Belo Monte, evidenciando um ambiente saudável para a reprodução da espécie vulnerável à extinção. A Norte Energia, responsável pela usina, realiza monitoramento da fauna desde 2012, e o registro é um sinal positivo para a conservação da biodiversidade local.

A Ambipar inicia testes com o biocombustível Be8 BeVant em Santa Catarina, visando reduzir até 99% as emissões de gases de efeito estufa em suas operações logísticas. A parceria com a Be8 reforça a busca por soluções sustentáveis.

A meta global de proteger 30% dos oceanos até 2030 enfrenta sérias dificuldades, com menos de 10% das áreas marinhas protegidas efetivamente resguardadas. A pesca comercial foi autorizada em uma área marinha protegida do Pacífico, e apenas 2,04% dos mares da União Europeia têm planos de gestão adequados, evidenciando a ineficácia das AMPs.