O governo brasileiro planeja anunciar um fundo de US$ 125 bilhões para conservação florestal na COP-30, com apoio de países amazônicos, visando remunerar a preservação por 40 anos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva buscará apoio político na Colômbia, onde a criação do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF) será discutida. O fundo visa incentivar a preservação florestal e atrair investimentos internacionais.
O governo brasileiro está prestes a anunciar um fundo de US$ 125 bilhões para a conservação florestal durante a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30), que ocorrerá em novembro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará à Colômbia para obter o apoio dos países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) para a criação do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF). Este fundo visa remunerar a preservação de florestas por um período de 40 anos.
Embora o apoio político esteja sendo articulado, ainda não há garantias de que os países participantes irão contribuir financeiramente. A reunião em Bogotá contará com a presença de Lula, do presidente colombiano Gustavo Petro e de representantes de outros países membros da OTCA, que inclui Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
O TFFF pretende pagar US$ 4 por hectare de floresta preservada, recompensando serviços como captura de carbono e conservação da biodiversidade. Para participar, os países devem manter a taxa de desmatamento abaixo de 0,5 ponto percentual. Caso contrário, poderão ser excluídos do fundo. Relatórios técnicos periódicos, baseados em imagens de satélite, serão exigidos para comprovar a preservação das florestas.
O governo brasileiro acredita que cerca de setenta países com florestas poderão se beneficiar do fundo, que também destinará recursos a comunidades tradicionais e povos indígenas. A adesão formal ao TFFF deve ocorrer após a COP-30, com a divulgação de uma nova nota conceitual sobre sua estrutura e funcionamento.
Atualmente, um comitê diretor provisório já conta com a participação de seis países detentores de florestas tropicais. O Brasil está em negociações com cinco países potenciais investidores, incluindo França, Reino Unido, Noruega, Alemanha e Emirados Árabes Unidos, além do interesse da China. O governo brasileiro ainda não se comprometeu a contribuir financeiramente, mas essa possibilidade está sendo considerada.
O modelo do TFFF é inovador, funcionando como um fundo de endowment, onde os investidores receberão retornos anuais e, ao final de 40 anos, terão seus aportes devolvidos. Essa abordagem visa estimular a captação de recursos do setor privado, essencial para o financiamento ambiental. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a conservação das florestas e ajudem a mitigar os impactos das mudanças climáticas.
O BNDES destina R$ 1 bilhão para a Atlas Renewable Energy construir 11 usinas solares em Minas Gerais, gerando 2.100 empregos e iniciando operações em 2026. O projeto reforça a agenda verde do banco.
A CBA e a Rumo firmaram um acordo que reduz em 40% as emissões de carbono no transporte de bauxita pela Ferrovia Norte-Sul, otimizando a logística entre Goiás e São Paulo. A nova rota, com trens de 80 vagões, é um marco na descarbonização do transporte ferroviário.
O Greenpeace Brasil identificou 542 balsas de garimpo ilegal no Rio Madeira, um aumento alarmante de 400% em relação a levantamentos anteriores. A ONG planeja expandir seu monitoramento para outros rios da Amazônia e criar um banco de dados público sobre as rotas do garimpo.
O governo federal anunciou isenção total do IPI para veículos sustentáveis, visando reduzir emissões e impulsionar a indústria automotiva nacional. A medida, parte do programa Mobilidade Verde e Inovação, deve beneficiar 60% dos veículos no Brasil a partir de 2026.
Em 2025, o Ártico registrou o menor pico de gelo marinho em 47 anos, com 14,33 milhões de km², refletindo os impactos das mudanças climáticas. A Antártida também teve a segunda menor cobertura de gelo, evidenciando a crise ambiental.
A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental, gerando críticas da Avabrum, que vê a medida como um desrespeito às vítimas de Brumadinho e Mariana.