Durante a cúpula do Brics, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a OTAN e a AIEA, defendendo uma transição justa para energias sustentáveis e anunciou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre na COP 30. Lula destacou a urgência de priorizar o desenvolvimento sustentável e a erradicação de doenças, enfatizando que a falta de recursos afeta os países em desenvolvimento.
Durante a Cúpula do Brics, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez críticas à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Ele destacou que a aliança militar ocidental contribui para uma corrida armamentista, destinando cinco por cento do PIB para gastos militares, sob pressão de líderes como Donald Trump. Lula enfatizou que o grupo não se omitiu em relação à conservação ambiental, apesar do negacionismo que compromete o futuro do planeta.
Na abertura da sessão plenária sobre Meio Ambiente, COP 30 e Saúde Global, Lula afirmou que o desenvolvimento sustentável deve ser o foco central das discussões. Ele alertou que o aquecimento global avança mais rapidamente do que o esperado e que, uma década após o Acordo de Paris, os recursos para uma transição justa ainda são insuficientes. O presidente ressaltou que os países em desenvolvimento são os mais afetados por danos ambientais.
Além disso, Lula abordou a erradicação de doenças socialmente determinadas, afirmando que se essas doenças afetassem países ricos, já teriam sido eliminadas. Ele destacou que fatores como renda, escolaridade, gênero e local de nascimento influenciam a saúde das populações. Para implementar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3, que visa saúde e bem-estar, é necessário garantir espaço fiscal adequado.
O presidente também anunciou o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) na COP 30, que visa remunerar serviços ecossistêmicos. Ele criticou os incentivos do mercado que vão contra a sustentabilidade, mencionando que, em 2024, os 65 maiores bancos do mundo planejam investir R$ 3,75 bilhões no setor de combustíveis fósseis. Lula defendeu a criação de taxonomias sustentáveis que possam atrair investimentos verdes e justos.
Durante a cúpula, foi discutida a Declaração-Quadro sobre Finanças Climáticas do Brics, que será adotada no evento. Essa declaração apresentará fontes e modelos alternativos para o financiamento climático, buscando soluções que atendam às necessidades dos países em desenvolvimento. A expectativa é que duas resoluções sobre meio ambiente e saúde global sejam publicadas após o encontro.
Essas iniciativas e discussões ressaltam a importância de ações coletivas para enfrentar os desafios ambientais e de saúde. Projetos que visem apoiar a transição para energias sustentáveis e a erradicação de doenças podem ser fundamentais para promover um futuro mais justo e saudável para todos. A união da sociedade civil pode fazer a diferença na busca por soluções eficazes.
Barragem de Panelas II, em Pernambuco, recebe R$ 11,5 milhões para conclusão, com previsão de término em junho de 2024. A obra beneficiará mais de 200 mil pessoas e reforçará a segurança hídrica na região.
Estudo revela que a vazão dos rios do cerrado caiu 27% desde a década de 1970, resultando em uma grave crise hídrica. O desmatamento e as mudanças climáticas são os principais responsáveis pela redução.
Pesquisadores alertam sobre a negligência dos olhos d’água difusos, essenciais para a segurança hídrica, que estão sendo desprotegidos apesar da legislação existente. A falta de aplicação da Lei de Proteção da Vegetação Nativa resulta em perda significativa de vegetação no Cerrado.
Nilto Tatto, presidente da Frente Ambientalista na Câmara, critica projeto que flexibiliza licenciamento ambiental, alertando para retrocessos durante a presidência do Brasil na COP30. A proposta pode prejudicar negociações internacionais e comprometer a agenda climática do país.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de "perigo" e "perigo potencial" para chuvas intensas e geadas em várias regiões do Brasil, com riscos de alagamentos e deslizamentos. As temperaturas permanecem baixas no Rio de Janeiro e em São Paulo, enquanto o Centro-Oeste enfrenta tempo chuvoso. A previsão inclui tempestades no Acre e Amazonas, além de chuvas fortes no sul da Bahia. O Inmet recomenda cautela à população e orienta sobre cuidados em áreas afetadas.
Desastres relacionados a chuvas no Brasil aumentaram 222% desde 2020, resultando em 4.247 mortes e R$ 146,7 bilhões em prejuízos. Estudo destaca a correlação com o aquecimento global e a urgência de medidas preventivas.