Pesquisadores alertam sobre a negligência dos olhos d’água difusos, essenciais para a segurança hídrica, que estão sendo desprotegidos apesar da legislação existente. A falta de aplicação da Lei de Proteção da Vegetação Nativa resulta em perda significativa de vegetação no Cerrado.

Pesquisadores brasileiros alertam para a negligência dos olhos d’água difusos, que são essenciais para a segurança hídrica, apesar de estarem protegidos pela Lei de Proteção da Vegetação Nativa. Essas áreas, responsáveis pela formação dos campos úmidos do Cerrado, são frequentemente ignoradas em políticas públicas e práticas de licenciamento. A desconexão entre a terminologia técnica e jurídica é um dos principais fatores que contribuem para essa invisibilidade, segundo o grupo de pesquisadores.
Os olhos d’água difusos se caracterizam por serem áreas onde a água subterrânea aflora de maneira contínua, mas sem formar um ponto específico de exsudação. Isso os diferencia dos olhos d’água pontuais, que emergem em locais definidos. A falta de reconhecimento dessas áreas como protegidas resulta em desmatamento e drenagem, levando à perda de mais de quinhentos e oitenta mil hectares de vegetação nativa entre mil novecentos e oitenta e cinco e dois mil e vinte.
Alessandra Bassani, primeira autora do artigo publicado na revista Perspectives in Ecology and Conservation, destaca que a legislação já prevê a proteção dos olhos d’água difusos, mas a aplicação da lei é falha. A Lei de Proteção da Vegetação Nativa classifica esses afloramentos como Áreas de Preservação Permanente (APP), mas a terminologia não é utilizada corretamente em mapeamentos e fiscalizações, resultando em uma proteção inadequada.
Os campos úmidos do Cerrado desempenham funções hidrológicas cruciais, como a recarga de aquíferos e a manutenção do fluxo de rios, especialmente em períodos de seca. A supressão desses ecossistemas compromete a disponibilidade de água para comunidades e a agricultura, aumentando o risco de colapso hídrico em regiões como o Cerrado e o Pantanal. A proteção efetiva dessas áreas é, portanto, vital para a segurança hídrica nacional.
Os pesquisadores propõem duas ações prioritárias: a adoção consistente da terminologia “olhos d’água” e a elaboração de mapas de alta resolução que diferenciem áreas úmidas ripárias das não ripárias. Técnicas como sensoriamento remoto e a identificação de solos hidromórficos podem ser utilizadas para melhorar o reconhecimento e a proteção dessas áreas. A presença de certas espécies vegetais também pode indicar a saturação do solo por água subterrânea.
O estudo ressalta a importância de alinhar ciência e política pública para garantir a proteção de ecossistemas essenciais. A aplicação correta da legislação pode ser um passo decisivo para evitar a degradação dos olhos d’água difusos. A mobilização da sociedade civil é fundamental para apoiar iniciativas que visem a preservação desses ambientes, garantindo a segurança hídrica e climática do Brasil.

Um estudo da London School of Hygiene & Tropical Medicine revela que um aumento de 1°C na temperatura média diária pode elevar em 22% o risco de mortalidade infantil, afetando gravemente crianças e grávidas. A pesquisa destaca a vulnerabilidade de um bilhão de crianças e a necessidade urgente de políticas públicas para mitigar os impactos das mudanças climáticas.

Uma nova frente fria trará chuvas intensas ao Sul do Brasil a partir de terça-feira (8), com alertas de perigo para o Rio Grande do Sul e Sul da Bahia. A população deve tomar precauções.

Projeto de Lei 1725/25 proíbe novas explorações de petróleo na Amazônia. Ivan Valente argumenta que a medida é necessária para evitar desastres ambientais e promover a recuperação da região. A proposta inclui um plano de transição para operações existentes e financiamento através de compensações ambientais. A discussão está acirrada no governo, com apoio de Lula e resistência de Marina Silva. Se aprovado, pode encerrar os planos da Petrobras na área.

Dr. Carlos Nobre introduziu o termo "Trumping Point", referindo-se ao impacto sociopolítico das decisões de Donald Trump na luta contra as mudanças climáticas, destacando a urgência da COP30 no Brasil.

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO, destacando sua biodiversidade e importância cultural. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfatizou a necessidade de preservar essa riqueza para o equilíbrio do planeta. O governador do Maranhão, Carlos Brandão, ressaltou que a proteção do parque agora é uma responsabilidade global. Com essa nova inclusão, o Brasil passa a ter 25 Patrimônios Mundiais da UNESCO.

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, foi aplaudida na Flip ao discutir a COP30 e criticar a saída dos EUA do Acordo de Paris, elogiando a China por seus avanços em tecnologia energética. A presença de Alessandra Sampaio, viúva de Dom Phillips, emocionou a ministra.