Nilto Tatto, presidente da Frente Ambientalista na Câmara, critica projeto que flexibiliza licenciamento ambiental, alertando para retrocessos durante a presidência do Brasil na COP30. A proposta pode prejudicar negociações internacionais e comprometer a agenda climática do país.
O presidente da Frente Ambientalista na Câmara, Nilto Tatto (PT-SP), expressou preocupações sobre a possível aprovação de um projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental, com votação prevista para esta semana. Tatto alertou que essa mudança poderia representar um "exemplo negativo" para o Brasil, especialmente no ano em que o país preside a COP30, que ocorrerá em novembro em Belém (PA). Ele destacou a responsabilidade do Brasil em liderar discussões sobre a redução das emissões de gases de efeito estufa.
O deputado enfatizou que a alteração na legislação ambiental pode prejudicar as negociações do Brasil com outros mercados, especialmente após a imposição de tarifas de cinquenta por cento dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Para Tatto, essa mudança inviabiliza o trabalho em prol da crise climática e compromete os direitos dos povos tradicionais, além de permitir o autolicenciamento.
O projeto de lei, que já havia sido criticado por conter retrocessos, foi modificado pelo Senado, incluindo agora empreendimentos minerários de grande porte e alto risco nas novas regras. A inclusão da mineração foi uma das principais alterações no relatório do deputado Zé Vitor (PL-MG), que inicialmente havia excluído essa atividade do texto.
Na segunda-feira, Zé Vitor afirmou que a mineração foi retirada do projeto devido à falta de "acordo técnico". Contudo, o novo relatório, que foi protocolado na Câmara, excluiu quatro das trinta e duas emendas do Senado, incluindo a que simplificava o licenciamento de atividades minerárias. Essa proposta, alvo de resistência do governo, cria novos tipos de licenças que facilitam a liberação de obras em áreas ambientalmente sensíveis.
Entre as novas licenças, destaca-se a proposta de Alcolumbre, que permite a exploração em áreas como a Margem Equatorial, com potencial impacto na Foz do Amazonas. Além disso, o projeto prevê a renovação automática da licença ambiental, sem a necessidade de análise das autoridades, desde que o empreendedor declare que não houve alterações nas características da atividade.
As mudanças propostas geram um cenário de incerteza e preocupação entre ambientalistas e legisladores. A mobilização da sociedade civil é crucial para garantir que a legislação ambiental não sofra retrocessos. Projetos que visam a proteção ambiental e a preservação dos direitos dos povos tradicionais devem ser apoiados e estimulados pela comunidade, promovendo um futuro mais sustentável.
A Operação Metaverso, realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), fiscalizou 36 empresas em Minas Gerais, resultando em 32 notificações e 64 autuações por irregularidades no comércio de madeira. A ação, que ocorreu entre 30 de junho e 4 de julho de 2025, visa coibir práticas ilegais e garantir a rastreabilidade da cadeia produtiva, com a expectativa de ampliar a fiscalização em todo o estado.
O governo de São Paulo leiloará a concessão do sistema de travessias hidroviárias, com investimentos de R$ 1,4 bilhão em 20 anos, visando modernização e frota elétrica. A secretária Natália Resende destaca que a iniciativa busca eficiência, conforto e melhorias ambientais.
O Rio Grande do Sul enfrenta temporais e queda brusca de temperatura nesta quarta-feira, com previsão de neve na Serra e ressaca no litoral. A Defesa Civil alerta para riscos de chuvas intensas e ventos fortes.
Compensar as emissões das 200 maiores empresas de combustíveis fósseis exigiria reflorestar uma área maior que a América do Norte, tornando essa solução inviável, segundo pesquisa recente. A análise revela que, para neutralizar as emissões até 2050, seria necessário um reflorestamento colossal, inviabilizando a compensação de carbono como única estratégia.
Porto Alegre enfrenta riscos de inundações, com recursos federais parados e pouca ação após o dilúvio de 2024, que deixou 183 mortos e 2,7 milhões de afetados. A burocracia atrasa obras essenciais.
ICMBio e Funai firmaram acordo permitindo a presença da comunidade Guarani Mbya na Reserva Biológica Bom Jesus, gerando protestos de 68 entidades e 48 personalidades contra a flexibilização de proteções ambientais.