O Curupira, figura emblemática do folclore brasileiro, foi escolhido como mascote da COP 30 em Belém, destacando a cultura local e a preservação ambiental, apesar das críticas à exploração de petróleo na região.

O Curupira, figura emblemática do folclore brasileiro e guardião das florestas, foi escolhido como mascote oficial da COP 30, que ocorrerá em novembro em Belém. Com cabelos vermelhos e pés virados para trás, o Curupira é conhecido por confundir caçadores e proteger a natureza. Sua escolha destaca a relevância da cultura regional em um evento internacional que discute a conservação ambiental e marca os dez anos do Acordo de Paris, que estabelece metas para combater o aquecimento global.
Patrícia Ellen, sócio-fundadora da AYA Earth Partners, afirma que "a escolha do Curupira simboliza o resgate da nossa inteligência ancestral". Essa figura mística representa um lembrete de que as soluções para os desafios ambientais podem estar enraizadas nas tradições locais. A presença do Curupira na COP 30 também sinaliza uma preocupação com a cultura e a sobrevivência dos povos originários, que têm um papel fundamental na preservação da biodiversidade.
Entretanto, a escolha do Curupira ocorre em um contexto contraditório. Em junho, 19 pontos da Foz do Amazonas foram leiloados para exploração de petróleo, gerando críticas de ativistas e organizações ambientais. Esses grupos alertam sobre os riscos que essa atividade representa para o meio ambiente, especialmente em uma região tão rica em biodiversidade. A exploração de óleo e gás na Amazônia é um tema controverso que desafia os compromissos de conservação.
O Curupira, uma das primeiras lendas registradas na região, possui diferentes representações, incluindo uma versão mais aterrorizante. A escolha de uma imagem mais amigável para a COP 30 pode ser vista como uma tentativa de conectar o evento à cultura local de forma positiva. No entanto, a eficácia dessa estratégia depende de ações concretas que realmente protejam a floresta e os direitos dos povos que nela habitam.
O evento reunirá líderes globais para discutir questões emergenciais relacionadas ao clima, mas a verdadeira mudança requer um compromisso além das palavras. A presença do Curupira deve inspirar ações que promovam a conservação e o respeito às tradições culturais. É essencial que as discussões na COP 30 resultem em políticas efetivas que priorizem a proteção ambiental e a valorização das comunidades locais.
Nesta situação, a união da sociedade civil pode fazer a diferença. Projetos que apoiem a preservação da biodiversidade e a cultura amazônica são fundamentais para garantir um futuro sustentável. A mobilização em torno dessas causas pode ajudar a fortalecer a luta contra a exploração predatória e a promover a valorização das raízes culturais que o Curupira representa.

O governo federal brasileiro criou o Refúgio de Vida Silvestre Soldadinho-do-Araripe, no Ceará, e ampliou a APA Costa dos Corais, somando mais de 141 mil hectares de áreas protegidas. O evento, realizado em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente, contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e do secretário-executivo João Paulo Capobianco. O refúgio visa proteger o habitat do soldadinho-do-araripe, espécie criticamente ameaçada, e restaurar a vegetação nativa.

Uma onça-pintada foi avistada em um condomínio de luxo em Ji-Paraná, levando autoridades a mobilizarem uma força-tarefa para proteger o animal e a população local. O Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) está atuando para monitorar a situação e resgatar filhotes em cativeiro.

O agronegócio brasileiro se destaca na COP30, em Belém, com a AgriZone, parceria com a Embrapa, apresentando inovações sustentáveis e o Plano ABC+ para reduzir emissões de carbono. A conferência, que ocorrerá entre 10 e 21 de novembro, será uma vitrine das práticas agroambientais do Brasil, com foco em tecnologias que promovem a sustentabilidade e a segurança alimentar.

O governo brasileiro lançou a consulta pública do novo Plano Clima, que visa cortar emissões até 2035, mas prevê aumento de até 44% nas emissões do setor de energia, priorizando combustíveis fósseis.

Grupo Águas do Brasil recolheu mais de 255 mil litros de óleo desde 2019, evitando a poluição de 6,3 bilhões de litros de água. Em 2025, o número de pontos de coleta cresceu de 82 para quase 700, refletindo um impacto significativo.

Petrobras lança ProFloresta+ com BNDES, visando restaurar 50 mil hectares na Amazônia e gerar 15 milhões de créditos de carbono, após polêmicas sobre compra anterior de créditos.