A Anistia Internacional Brasil realizará uma ação simbólica na Praia de Copacabana, com botos encalhados cobertos de petróleo, em protesto contra a exploração de petróleo na Amazônia durante a Cúpula do BRICS. A entidade destaca a contradição do Brasil em promover energias limpas enquanto investe em combustíveis fósseis, alertando para os riscos ambientais associados a essa prática.
No próximo sábado, 5 de julho, a Anistia Internacional Brasil realizará uma ação simbólica na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A iniciativa contará com a presença de três botos amazônicos encalhados e cobertos de petróleo, representando um "grito de alerta" sobre os riscos da exploração de petróleo na Amazônia. O protesto ocorrerá durante a Cúpula do BRICS, que se realizará nos dias 6 e 7 de julho, com foco nas mudanças climáticas.
A Anistia Internacional Brasil destaca a contradição do Brasil em promover energias limpas enquanto ainda investe em combustíveis fósseis. O país lidera iniciativas como o programa "Combustível para o Futuro", que visa reduzir 705 milhões de toneladas de CO2 até 2037 e atrair R$ 260 bilhões em investimentos para energias renováveis. Contudo, a dependência de petróleo e gás continua a ser um obstáculo significativo para essa transição.
Um dos pontos críticos mencionados pela Anistia é a exploração na Margem Equatorial, onde está localizada a Bacia da Foz do Amazonas. Recentemente, o governo brasileiro leiloou 19 novas áreas para exploração de petróleo, movimentando cerca de R$ 844 milhões. A maioria dessas áreas possui histórico de negativas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) devido à falta de Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) e ao alto risco de impacto na biodiversidade marinha.
Embora os países do BRICS tenham avançado na capacidade de energias renováveis, todos, exceto a Etiópia, continuam a investir em projetos de carvão, petróleo e gás. A Anistia Internacional Brasil enfatiza que essa situação é alarmante, especialmente em um momento em que o mundo enfrenta desafios climáticos crescentes.
A ação na Praia de Copacabana busca mobilizar a opinião pública e chamar a atenção para a necessidade urgente de uma mudança nas políticas energéticas do Brasil. A Anistia acredita que é fundamental que o país alinhe suas ações com suas promessas de sustentabilidade e proteção ambiental.
Iniciativas como essa são essenciais para despertar a consciência coletiva sobre a importância da preservação ambiental. A união da sociedade civil pode fazer a diferença na luta contra a exploração predatória e na promoção de alternativas sustentáveis. É hora de agir e apoiar projetos que visem a proteção da Amazônia e a transição para energias limpas.
A Embrapa promove a primeira edição dos Diálogos pelo Clima em Brasília, reunindo especialistas para discutir a agricultura e mudanças climáticas. O evento é parte da preparação para a COP30 em Belém, em novembro.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu a emergência em Passo de Camaragibe, Alagoas, devido a fortes chuvas, permitindo acesso a recursos federais para assistência. A cidade, que já enfrentava 36 emergências, agora pode solicitar ajuda para cestas básicas, água e kits de limpeza.
Uma caminhonete destruiu mudas de vegetação nativa no Parque do Cantagalo, trabalho de replantio realizado por Mario Moscatelli. O biólogo registrou o incidente na delegacia e há rumores sobre danos a fiações elétricas.
A Câmara Municipal de Niterói aprovou projeto que proíbe venenos em espaços públicos, permitindo uso apenas por órgãos governamentais. A medida visa proteger animais e crianças, aguardando sanção do prefeito.
Gol contrata meteorologista e investe em tecnologia para prever eventos climáticos. A companhia busca descarbonizar suas operações e substituir combustíveis fósseis por SAF até 2032.
Leilão de blocos na foz do Amazonas, marcado para 17 de junho, enfrenta resistência do MPF e petroleiros, que questionam a falta de licenças e consulta às comunidades tradicionais. A pressão aumenta.