Gol contrata meteorologista e investe em tecnologia para prever eventos climáticos. A companhia busca descarbonizar suas operações e substituir combustíveis fósseis por SAF até 2032.
As companhias aéreas enfrentam desafios significativos devido às mudanças climáticas, sendo responsáveis por cerca de 2% a 3% das emissões globais de gases de efeito estufa. A Gol Linhas Aéreas, em resposta a essa pressão, está implementando medidas para descarbonizar suas operações. Durante uma coletiva de imprensa, o presidente da Gol, Celso Ferrer, destacou a importância de uma análise detalhada dos riscos climáticos, tanto a curto quanto a longo prazo, para garantir uma aviação mais sustentável.
A empresa anunciou a contratação de uma meteorologista para aprimorar a previsão de eventos climáticos, visando minimizar custos adicionais e melhorar a segurança operacional. Eduardo Calderon, diretor do Centro de Controle Operacional e Engenharia da Gol, explicou que a falta de previsões precisas pode resultar em desvios de rotas, aumentando o consumo de combustível e, consequentemente, as emissões de gases de efeito estufa.
Calderon também mencionou a avaliação de novas tecnologias, como os electronic flight bags (EFB), que podem ajudar a identificar áreas de turbulência. A International Air Transport Association (IATA) está atenta aos riscos climáticos, especialmente em relação a turbulências e formações meteorológicas mais intensas, o que gera preocupação em toda a indústria.
O setor aéreo busca alternativas aos combustíveis fósseis, sendo o Combustível Sustentável de Aviação (SAF) a melhor opção atualmente. A partir de 2027, as companhias aéreas deverão reduzir suas emissões anualmente, conforme acordos internacionais. No Brasil, ainda não há produção comercial de SAF, mas empresas estão investindo na instalação de plantas industriais para atender à demanda crescente.
A Gol espera que a Petrobras, seu fornecedor de combustível, comece a oferecer SAF em dois anos. A substituição de combustíveis fósseis por SAF pode variar entre 1,3% e 2,5%, dependendo da matéria-prima utilizada. Além disso, a modernização da frota com os modelos Boeing 737 MAX deve ser concluída até 2032, resultando em uma redução de até 15% no consumo de combustível.
Essas iniciativas são essenciais para que a Gol e outras companhias aéreas possam se adaptar às exigências ambientais e às mudanças climáticas. A mobilização da sociedade civil pode ser crucial para apoiar projetos que visem a sustentabilidade e a inovação no setor aéreo, promovendo um futuro mais responsável e consciente.
Na COP30, em Belém, a inclusão das big techs nas negociações sobre energia renovável será debatida, destacando a importância da participação de povos tradicionais. O evento abordará soluções climáticas como biometano e hidrogênio verde, com foco na transição energética e na redução das emissões de gases de efeito estufa.
Entre 5 e 11 de maio de 2025, o Brasil enfrentará chuvas intensas e temperaturas elevadas, com riscos de temporais e granizo no Rio Grande do Sul. A MetSul alerta para acumulados de até 200% da média mensal.
Governador Ibaneis Rocha anunciou investimentos em energia limpa e plantio de seis milhões de árvores até 2026 no Distrito Federal.
Brasil investe R$ 150 milhões para restaurar florestas e mitigar emissões de carbono, com foco em reflorestamento e recuperação de áreas degradadas até 2030. A meta é restaurar 12 milhões de hectares, essencial para a economia de baixo carbono.
A Organização Meteorológica Mundial confirmou que 2024 é o ano mais quente já registrado, superando 1,5ºC em relação ao período pré-industrial. Municípios brasileiros carecem de soluções acessíveis.
Thelma Krug, vice-presidente do IPCC, alerta sobre a fragilidade do Acordo de Paris e os desafios da COP30 no Brasil, destacando a urgência da justiça climática e a preservação das florestas tropicais. A cientista enfatiza a necessidade de um plano estratégico para enfrentar os impactos das mudanças climáticas, que afetam diretamente o Brasil.