O ministro Flávio Dino, do STF, ordenou a desapropriação de terras com incêndios dolosos ou desmatamento ilegal, visando responsabilizar proprietários e proteger o meio ambiente. A União deve adotar medidas rigorosas para impedir a regularização fundiária nessas áreas.
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a desapropriação de terras que sofreram incêndios dolosos ou desmatamento ilegal, com base na responsabilidade dos proprietários. A decisão foi anunciada em 28 de abril de 2025, e visa combater a prática recorrente que gera altos custos ao Estado. Dino afirmou que é inaceitável que a sociedade arque com bilhões de reais anualmente para combater esses crimes ambientais.
A medida foi tomada no contexto de um processo que discute as ações do Executivo para enfrentar as queimadas na Amazônia e no Pantanal. O ministro ressaltou que a Constituição brasileira exige que a União promova a desapropriação de imóveis rurais que não cumpram sua função social, enfatizando a importância da preservação ambiental para a validade do direito de propriedade.
Dino também destacou que a manutenção das características ambientais e a qualidade dos recursos naturais são essenciais para o equilíbrio ecológico e a saúde das comunidades vizinhas. Ele afirmou que a regularização fundiária não pode ocorrer em áreas onde há danos ambientais, reforçando a necessidade de ações efetivas contra os responsáveis por esses ilícitos.
Além da desapropriação, a decisão determina que a União e os estados da Amazônia Legal e do Pantanal adotem medidas para impedir a regularização de áreas com práticas ilegais. O ministro já havia solicitado audiências de conciliação e planos emergenciais para conscientização e manejo do fogo, além de convocar mais bombeiros para o combate a incêndios.
Outro ponto importante da decisão foi a adoção do Sistema Nacional de Controle da Emissão de Produtos Florestais (Sinaflor) como única forma de emitir a Autorização para Supressão de Vegetação Nativa (ASV). O Sinaflor, gerido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), visa controlar a origem de produtos florestais e evitar autorizações irregulares.
Os estados que não utilizam o Sinaflor, como Pará e Mato Grosso, argumentaram que possuem sistemas próprios. No entanto, Dino afirmou que esses sistemas devem ser integrados ao nacional. A decisão do STF é um passo significativo para a proteção ambiental e a responsabilização de proprietários que não respeitam a legislação. A mobilização da sociedade pode ser crucial para apoiar iniciativas que promovam a recuperação e preservação das áreas afetadas.
A direção do Ibama autorizou testes da Petrobras na Foz do Amazonas, desconsiderando recomendações técnicas contrárias, em meio a forte pressão política. A simulação de vazamento pode acelerar a exploração na região.
Um homem foi condenado a 6 anos, 10 meses e 22 dias de prisão por desmatar 157,9 hectares na Terra Indígena Mangueirinha, no Paraná. A pena será cumprida em regime fechado devido à reincidência em crimes ambientais.
A Bloomberg Philanthropies anunciou um investimento de US$ 6,8 milhões para a proteção dos ecossistemas marinhos no Brasil, destacando sua importância na meta global de 30% de oceanos protegidos até 2030. O apoio financeiro visa fortalecer a conservação marinha e será operacionalizado em parceria com diversas organizações ambientais, promovendo ações como restauração de manguezais e pesca sustentável. O anúncio ocorre um dia antes da Conferência da ONU sobre os Oceanos (UNOC3) em Nice, onde se espera a aprovação da "Declaração de Nice" e a ratificação de um tratado global para a proteção de habitats marinhos em águas internacionais.
Ministério da Integração reconhece emergência em Açailândia e Barra do Corda, permitindo acesso a recursos para defesa civil. Maranhão acumula 33 reconhecimentos por desastres naturais.
O desmatamento na Amazônia aumentou 92% em maio, totalizando 960 km², o segundo pior resultado desde 2016, alarmando especialistas sobre a reversão da queda nos índices anteriores.
A Toyota apresenta na Agrishow um protótipo funcional da picape Hilux movida a biometano, destacando a redução de até 90% nas emissões de carbono. O veículo, desenvolvido para atender a demanda de agricultores, ainda está em fase de testes e não tem data de lançamento definida.