O metano, um gás de efeito estufa, foi negligenciado por anos, mas sua redução é agora urgente. A indústria de petróleo e gás se comprometeu a reduzir emissões até 2030, embora o progresso seja lento.
O metano, um gás de efeito estufa com potencial de aquecimento global muito superior ao do dióxido de carbono, foi negligenciado por anos, especialmente em 2005, quando o então diretor executivo do Sierra Club decidiu focar apenas no dióxido de carbono. Essa escolha, reconhecida como um erro, resultou em uma falta de atenção às emissões de metano, que atualmente representam cerca de 45% do aquecimento global causado pelo homem.
Recentemente, a urgência em reduzir as emissões de metano ganhou destaque, com a indústria de petróleo e gás se comprometendo a atingir emissões quase nulas até 2030. Apesar desse compromisso, o progresso tem sido lento, e a necessidade de ação imediata se torna cada vez mais evidente. O metano é responsável por reter cerca de 80 vezes mais calor na atmosfera do que o dióxido de carbono em um período de 20 anos.
As emissões de metano provêm de diversas fontes, sendo a produção e o transporte de petróleo e gás as mais significativas. A eliminação de vazamentos nessas operações é uma tarefa relativamente simples e econômica, podendo resultar em uma diminuição significativa das concentrações de metano na atmosfera. A indústria pode se beneficiar financeiramente ao recuperar o metano perdido, que pode ser vendido como gás natural.
Os dados indicam que cerca de metade das emissões de metano nos campos petrolíferos dos Estados Unidos vêm de poços que não produzem quantidades significativas de petróleo ou gás. Esses poços, muitas vezes negligenciados, apresentam equipamentos em mau estado e são uma fonte de emissões que precisa ser abordada. A instalação de dispositivos simples, como atuadores elétricos, pode prevenir vazamentos e é um investimento que se paga rapidamente.
Embora a indústria tenha se comprometido a reduzir as emissões, a ação governamental é crucial para acelerar esse processo. Estados e países que consomem metano devem subsidiar a limpeza das emissões e garantir que o gás importado tenha certificação de baixa emissão. A implementação de taxas sobre o gás e petróleo com altas emissões pode gerar recursos para a limpeza e incentivar práticas mais sustentáveis.
Com o aumento da frequência de eventos climáticos extremos, a necessidade de ação se torna urgente. A sociedade civil deve se mobilizar para apoiar iniciativas que visem a redução das emissões de metano, contribuindo para um futuro mais sustentável. A união em torno de projetos que promovam a limpeza e a certificação de gás pode fazer a diferença na luta contra as mudanças climáticas.
Ministério reconhece emergência em Mucugê, Bahia, por estiagem, liberando recursos federais. O reconhecimento da situação de emergência permite à prefeitura solicitar apoio do Governo Federal para ações de defesa civil, como distribuição de alimentos e kits de higiene. A Bahia já contabiliza 84 reconhecimentos de emergência, sendo 64 por estiagem.
A Floresta Nacional do Jatuarana, no Amazonas, foi concedida pela primeira vez em leilão na B3, com expectativa de arrecadação de R$ 32,6 milhões anuais e geração de 2,8 mil empregos. A meta é ampliar concessões para 20 milhões de hectares até 2030, promovendo a economia sustentável e combatendo o desmatamento ilegal.
Em 2025, o Ártico registrou o menor pico de gelo marinho em 47 anos, com 14,33 milhões de km², refletindo os impactos das mudanças climáticas. A Antártida também teve a segunda menor cobertura de gelo, evidenciando a crise ambiental.
Ibama finaliza a Operação Panulirus, apreendendo quase 17 mil quilos de lagosta irregular em seis estados, combatendo a pesca ilegal e reforçando a proteção das espécies ameaçadas. A fiscalização se estenderá para garantir a sustentabilidade pesqueira.
O Fundo Amazônia destinará R$ 150 milhões para combater incêndios no cerrado e no pantanal, abrangendo cinco estados e o Distrito Federal, em resposta ao aumento das queimadas em 2024. Essa é a primeira vez que os recursos do fundo, criado em 2008, serão usados fora da Amazônia Legal, refletindo a crescente preocupação do governo com o aumento das queimadas e suas consequências ambientais.
Robert Muggah, cientista político, destacou no Rio de Janeiro que mudanças climáticas amplificam conflitos e fragilidades sociais, exigindo atenção em políticas globais. Ele enfatizou a necessidade de priorizar o financiamento climático em áreas vulneráveis, onde a interseção entre clima, crime organizado e segurança é crítica.