A Floresta Nacional do Jatuarana, no Amazonas, foi concedida pela primeira vez em leilão na B3, com expectativa de arrecadação de R$ 32,6 milhões anuais e geração de 2,8 mil empregos. A meta é ampliar concessões para 20 milhões de hectares até 2030, promovendo a economia sustentável e combatendo o desmatamento ilegal.

A conservação florestal no Brasil alcançou um marco significativo com a concessão da Floresta Nacional do Jatuarana, realizada pela primeira vez por meio de leilão na Bolsa de Valores do Brasil, a B3. O leilão ocorreu em maio e gerou uma expectativa de arrecadação anual de R$ 32,6 milhões, além de prometer a criação de aproximadamente 2,8 mil empregos diretos e indiretos. Essa iniciativa representa um avanço nas políticas de uso sustentável das florestas, unindo conservação ambiental e geração de renda para as comunidades locais.
A concessão abrange uma área de 453 mil hectares, dividida em quatro unidades de manejo florestal. O modelo adotado prioriza o uso sustentável de madeira e produtos não madeireiros, estabelecendo compromissos sociais que direcionam recursos para pesquisa, proteção florestal e desenvolvimento de comunidades locais e indígenas. Essa abordagem visa não apenas a exploração responsável dos recursos, mas também a valorização dos saberes tradicionais e a promoção da dignidade nas comunidades envolvidas.
O sucesso do leilão da Floresta Nacional do Jatuarana é um passo inicial em uma meta ambiciosa: expandir as concessões florestais de 1,3 milhão para 20 milhões de hectares até 2030. Essa expansão é crucial para combater o desmatamento ilegal e fomentar uma economia que valorize a floresta em pé. Dados do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) indicam que, com essa área manejada, o Brasil poderia produzir cerca de 10 milhões de metros cúbicos de madeira legal, suprindo a demanda atual e reduzindo a extração ilegal, que representa 35% da exploração madeireira na Amazônia.
Além disso, projeções do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) estimam que a ampliação das concessões poderia gerar uma arrecadação anual de R$ 1,16 bilhão, revertendo esses recursos para a conservação e fortalecimento da governança ambiental em diferentes níveis. Localmente, essa expansão tem o potencial de criar 36 mil empregos diretos e 72 mil indiretos, promovendo a contratação local e o fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis.
Para que a meta de 20 milhões de hectares seja alcançada, será necessário um planejamento multianual, cronogramas transparentes de editais e a ampliação de linhas de crédito verde. O momento é favorável, com um mercado crescente para ativos sustentáveis e um reconhecimento internacional das políticas ambientais robustas do Brasil. O leilão da Floresta Nacional do Jatuarana marca o início de uma nova fase, onde a floresta é vista como um ativo produtivo estratégico.
Essa transformação não se limita à exploração sustentável, mas também abre espaço para a restauração florestal, permitindo a recuperação de áreas degradadas e a geração de créditos de carbono. Em tempos de urgência climática, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável e a valorização das florestas, garantindo um futuro mais justo e equilibrado para todos.

Cemaden lança questionário para avaliar a preparação de municípios para desastres climáticos. A iniciativa visa fortalecer a resposta a eventos extremos, como chuvas e secas, com prazo até 1º de julho.

Pesquisadores propõem Fundo de Royalties Verdes de US$ 20 bilhões para evitar exploração de petróleo na foz do Amazonas. A iniciativa visa compensar Estados e municípios, promovendo alternativas sustentáveis em meio a críticas sobre a exploração em áreas sensíveis.

Manaus enfrenta uma grave crise ambiental com a urbanização acelerada, resultando na perda de árvores nativas e aumento das temperaturas, que chegaram a 39,2°C. A escassez de áreas verdes compromete a saúde da população e a biodiversidade local.

Pesquisas recentes revelam que a Amazônia era mais úmida durante períodos glaciais, desafiando a visão tradicional e alinhando-se a modelos climáticos futuros. O estudo, realizado por universidades brasileiras e da Duke University, analisa sedimentos marinhos e revela uma relação entre temperatura global e a dinâmica climática da região.

A COP 30, conferência crucial sobre mudanças climáticas, será realizada em Belém (PA) em novembro, mas 71% dos brasileiros desconhecem o evento. A pesquisa revela a desconexão entre a população e a agenda ambiental.

O projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental avança no Congresso, isolando a ministra Marina Silva e ameaçando a proteção ambiental no Brasil. O governo Lula não se posiciona claramente contra a proposta.