Meio Ambiente

Gelo marinho no Ártico atinge o menor nível em 47 anos, evidenciando os impactos das mudanças climáticas

Em 2025, o Ártico registrou o menor pico de gelo marinho em 47 anos, com 14,33 milhões de km², refletindo os impactos das mudanças climáticas. A Antártida também teve a segunda menor cobertura de gelo, evidenciando a crise ambiental.

Atualizado em
May 20, 2025
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Derretimento das geleiras é um dos efeitos mais preocupantes do aquecimento global Foto: Ekaterina Anisimova/AFP

Em 2025, o Ártico registrou o menor pico de gelo marinho em 47 anos, alcançando apenas 14,33 milhões de km². Este dado alarmante é um reflexo das mudanças climáticas, que têm impactado significativamente as temperaturas nas regiões polares. O janeiro deste ano foi o mais quente já registrado, seguido pelo terceiro fevereiro mais quente, com aumentos de temperatura nas áreas polares muito superiores à média global.

A extensão máxima de gelo marinho foi alcançada em 22 de março, superando o mínimo anterior de 14,41 milhões de km², estabelecido em 2017. Walt Meier, principal pesquisador do National Snow and Ice Data Center (NSIDC), destacou que este novo recorde é um indicador claro das mudanças drásticas que o gelo marinho do Ártico sofreu nas últimas décadas.

Além do Ártico, a Antártida também enfrentou um verão crítico em 2025, com a cobertura de gelo em 1º de março atingindo 1,98 milhão de km², a segunda menor extensão já registrada. Dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) e do Serviço Europeu de Mudanças Climáticas Copernicus indicam que a soma das superfícies congeladas nos dois polos em fevereiro foi a menor já documentada.

A redução do gelo marinho altera os padrões meteorológicos, perturbando as correntes oceânicas e ameaçando ecossistemas, além de impactar diretamente as condições de vida humana. A diminuição da cobertura de gelo também resulta em maior absorção de energia solar pelos oceanos, aquecendo as águas e acelerando o degelo.

Essa queda no volume de gelo abre novas rotas marítimas, que se tornam estratégicas no cenário geopolítico global. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou interesse em controlar a Groenlândia, um território rico em recursos minerais e crucial para o tráfego naval no hemisfério norte.

Esses eventos climáticos extremos ressaltam a urgência de ações coletivas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. A mobilização da sociedade civil é essencial para apoiar iniciativas que visem a preservação ambiental e a recuperação de ecossistemas afetados. A união em torno de projetos que promovam a sustentabilidade pode fazer a diferença em um cenário tão desafiador.

Estadão
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