Chef Saulo Jennings, embaixador da culinária amazônica, será destaque na COP30 em Belém, promovendo a biodiversidade e políticas públicas através da gastronomia local.
Em novembro de 2025, Belém, no Pará, será o palco da COP30, onde líderes mundiais se reunirão para discutir questões cruciais sobre mudanças climáticas, com foco especial na Floresta Amazônica. Este evento, que atrai a atenção global, também poderá destacar a culinária amazônica como uma ferramenta diplomática poderosa para promover a preservação da biodiversidade.
O chef Saulo Jennings, natural de Santarém, é um dos principais representantes dessa culinária. Reconhecido como embaixador informal da gastronomia amazônica, Jennings tem se destacado por valorizar ingredientes locais e promover a riqueza alimentar da região. Sua trajetória começou com um pequeno restaurante em sua varanda, que se transformou na Casa do Saulo, agora com filiais em várias cidades, incluindo Belém e São Paulo.
Com um cardápio que enfatiza pratos típicos do Rio Tapajós, como a costela de tambaqui e o boto cor de rosa, Jennings busca educar os clientes sobre a importância dos ingredientes e das técnicas ancestrais. Ele afirma: “Temos que ser insistentes na questão do ingrediente e da técnica ancestral”. Sua experiência inclui a preparação do jantar presidencial da COP28 em Dubai e a cozinha na coroação do rei Charles III.
Além de suas habilidades culinárias, Jennings atua como articulador de políticas públicas voltadas para a produção de alimentos. A chef Bel Coelho destaca seu papel no fortalecimento das cadeias produtivas da sociobiodiversidade do bioma amazônico, afirmando que seu trabalho é fundamental para o desenvolvimento sustentável. A COP30 será uma oportunidade para muitos líderes experimentarem a culinária amazônica pela primeira vez.
Entre os líderes que já provaram os pratos de Jennings estão o presidente da China, Xi Jinping, e o presidente da França, Emmanuel Macron. Essa experiência pode ser utilizada como um exemplo de soft power, promovendo a cultura alimentar brasileira e mostrando que a culinária vai além de pratos tradicionais como a caipirinha e a feijoada. Jennings sugere que a valorização de ingredientes como a mandioca pode abrir portas para uma maior diversidade gastronômica.
O chef enfatiza a necessidade de discutir a questão comercial, buscando formas de transformar a qualidade dos produtos locais em renda para os pequenos produtores. Isso envolve a colaboração entre diversos órgãos, como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A união em torno da valorização da culinária amazônica pode garantir a preservação dos recursos locais e oferecer alternativas sustentáveis aos produtores, evitando a pressão para a monocultura.
O Brasil enfrenta um grave problema com 444 espécies invasoras, incluindo a tilápia, que afetam seus biomas. A pesquisa da UFLA destaca a ação humana como principal causa desse desequilíbrio ambiental.
Em 2024, Brasília registrou 6.745 queixas de poluição sonora, com o Plano Piloto sendo a área mais afetada. O Detran-DF intensificou a fiscalização, resultando em um aumento de 33% nas autuações.
O governador do Pará, Helder Barbalho, defendeu o Curupira como mascote da COP30, após críticas do deputado Nikolas Ferreira. A escolha visa valorizar a cultura e a proteção ambiental no evento.
A aprovação do projeto que flexibiliza o licenciamento ambiental no Senado gera luto e preocupação na ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que clama por mobilização popular para reverter a situação. Ela alerta para os impactos ambientais e a necessidade de uma política ambiental confiável.
A CBA e a Rumo firmaram um acordo que reduz em 40% as emissões de carbono no transporte de bauxita pela Ferrovia Norte-Sul, otimizando a logística entre Goiás e São Paulo. A nova rota, com trens de 80 vagões, é um marco na descarbonização do transporte ferroviário.
Em 2024, o Brasil enfrentou um aumento alarmante de incêndios florestais, resultando em 42% da perda global de florestas tropicais primárias, superando a agropecuária como principal causa de desmatamento. A devastação, impulsionada por secas severas, afetou diversos biomas, com a Amazônia registrando a maior perda desde 2016.