Pesquisadores da USP e instituições parceiras analisaram a saúde do boto-do-araguaia, revelando diferenças sanguíneas entre indivíduos de áreas com distintas atividades humanas. A espécie, descoberta em 2014, enfrenta riscos de extinção.
A espécie do boto-do-araguaia (Inia araguaiaensis) foi oficialmente identificada em 2014 e já enfrenta riscos de extinção. Pesquisadores do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) realizaram uma expedição na bacia hidrográfica Tocantins-Araguaia para estudar as características físicas e de saúde dessa espécie endêmica, que está ameaçada por atividades humanas.
O estudo, em colaboração com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), comparou dados de botos de áreas com diferentes níveis de atividade humana. A pesquisa revelou que, apesar de serem semelhantes, o boto-do-araguaia não é da mesma espécie que o boto vermelho (Inia geoffrensis), conhecido como boto cor-de-rosa.
As informações sobre o boto-do-araguaia ainda são limitadas, o que motivou a pós-doutoranda em Fisiologia, Daniela M. D. de Mello, a investigar as populações desse golfinho. A espécie habita regiões com intensa atividade agrícola, que, junto com as variações sazonais de enchentes e secas, reduzem drasticamente os níveis dos rios, colocando os botos em risco de ficarem presos em pequenos corpos d'água.
Os pesquisadores analisaram parâmetros morfológicos, fisiológicos e hormonais de 24 botos em duas regiões do rio Araguaia: uma no Parque Estadual do Cantão, no Tocantins, e outra em Luiz Alves, Goiás, uma área de pesca esportiva. A coleta de dados incluiu medidas corporais, temperatura e frequência cardíaca, além de amostras para análise laboratorial.
Os resultados preliminares mostraram diferenças significativas nos exames hematológicos e bioquímicos entre os botos das duas regiões. A pesquisadora destacou que as variações nos parâmetros sanguíneos estão relacionadas aos diferentes ambientes e tipos de presas disponíveis. A profundidade da água, por exemplo, influencia o comportamento de mergulho dos botos e, consequentemente, suas condições de saúde.
Compreender a saúde e as características físicas do boto-do-araguaia é essencial para a conservação da espécie. Como um animal de topo de cadeia, ele serve como um indicador da saúde do ecossistema. A união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a preservação desse cetáceo e seu habitat, garantindo um futuro mais seguro para a fauna local.
O Brasil será o anfitrião da terceira Conferência da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável em 2027, no Rio de Janeiro, destacando seu papel em sustentabilidade marinha. O evento, que reunirá diversos atores, visa avaliar os avanços da Década e fortalecer o compromisso global com os oceanos.
Desastres relacionados a chuvas no Brasil aumentaram 222% desde 2020, resultando em 4.247 mortes e R$ 146,7 bilhões em prejuízos. Estudo destaca a correlação com o aquecimento global e a urgência de medidas preventivas.
Pesquisadores buscam modificar geneticamente plantas para aumentar a tolerância ao calor, visando mitigar os impactos das mudanças climáticas na produção de alimentos. A edição genética pode ser crucial para garantir a segurança alimentar futura.
A escassez de água e a desigualdade no acesso a esse recurso são problemas alarmantes, com a presença de contaminantes emergentes em países em desenvolvimento. O dossiê da revista Frontiers in Water revela riscos à saúde e a urgência de regulamentação.
Foi aprovado o Projeto de Lei nº 2816/24, que permite o uso de água de fontes alternativas no Rio de Janeiro, visando garantir acesso à água potável. A medida, proposta pelo vereador Vitor Hugo (MDB), busca beneficiar a população sem acesso à rede de abastecimento, assegurando a potabilidade através de testes laboratoriais. O projeto agora aguarda sanção do prefeito Eduardo Paes.
O Brasil enfrentará um domingo, 17, marcado por queda acentuada nas temperaturas e geadas pontuais, afetando a produção de grãos como café, milho e trigo. A umidade se restringe ao Norte e litoral do Nordeste, onde ainda há previsão de chuvas. O frio e a seca devem persistir, impactando severamente a agricultura nas regiões centrais e meridionais.