A Câmara dos Deputados afrouxou regras de licenciamento ambiental, gerando protestos. Apesar da redução do desmatamento, a degradação florestal aumentou mais que o dobro, com fogo como principal responsável.
A Câmara dos Deputados decidiu, em 17 de julho de 2025, afrouxar as regras de licenciamento ambiental, gerando protestos de ambientalistas tanto no Brasil quanto no exterior. Apesar de dados recentes indicarem que o desmatamento na Amazônia caiu pela metade entre 2022 e 2024, a degradação ambiental na região mais que dobrou, o que levanta preocupações sobre a saúde da floresta.
Segundo um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), o desmatamento na Amazônia caiu de 12,6 mil quilômetros quadrados em 2022 para menos de 6 mil em 2024. No entanto, a degradação florestal aumentou de 9 mil quilômetros quadrados para mais de 25 mil no mesmo período, o que equivale a uma área maior que o estado de Sergipe.
O desmatamento é visível e compreensível, caracterizado pela derrubada total da vegetação. Em contrapartida, a degradação é mais sutil, ocorrendo através do corte seletivo de árvores e do uso do fogo, que, embora não destrua a floresta completamente, a enfraquece significativamente. O fogo foi responsável por 66% do aumento na degradação florestal, uma ameaça que se tornou mais evidente com o avanço tecnológico que permite monitorar a situação com precisão.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima informou que a Amazônia enfrentou secas severas nos últimos dois anos, o que intensificou os impactos dos incêndios florestais. O governo federal tem intensificado a fiscalização, com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizando 19 mil ações e aplicando R$ 3 bilhões em multas entre agosto de 2024 e maio de 2025.
Os dados revelam um cenário alarmante que exige atenção e ação imediata. A combinação de desmatamento reduzido e degradação crescente indica que a proteção da Amazônia não pode ser negligenciada. A responsabilidade dos brasileiros é crucial para a preservação desse bioma vital, que desempenha um papel essencial na regulação do clima global.
Nesta situação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem à recuperação e preservação da Amazônia. Projetos que promovam a educação ambiental e a fiscalização efetiva são essenciais para garantir um futuro sustentável para a floresta e suas comunidades.
A Apib destaca a demarcação de terras indígenas como crucial para o clima. Celebridades apoiam a causa, alertando sobre ameaças e consequências ambientais.
O Pará lidera a degradação florestal na Amazônia, com 57% da perda em junho de 2025, um aumento de 86% em relação ao ano anterior, devido a queimadas e exploração madeireira. A situação é alarmante.
A Organização Meteorológica Mundial alerta que há 80% de chance de um recorde anual de calor nos próximos cinco anos, com riscos crescentes para saúde e ecossistemas. O relatório destaca a possibilidade alarmante de um ano com temperatura 2 °C acima dos níveis pré-industriais antes de 2030.
Um projeto de urbanização na Avenida Boa Vista em Itaipu gera preocupação entre moradores e ambientalistas, pois pode ameaçar áreas reflorestadas do Córrego dos Colibris. O Coletivo Córregos da Tiririca pede que a via mantenha largura e sentido únicos, como na margem oposta, para preservar a vegetação ciliar e evitar erosões. Desde 2018, o grupo recuperou 600 metros da margem esquerda, utilizando técnicas agroflorestais e mobilizando mais de 120 voluntários. A prefeitura ainda analisa o projeto e promete diálogo com a comunidade.
A COP 30 em Belém, promovida como a "COP da floresta", enfrenta críticas por obras de R$ 7 bilhões que podem agravar o desmatamento e não resolvem problemas urbanos crônicos. Especialistas alertam para o "greenwashing" nas iniciativas.
O BNDES lançou um edital de R$ 10 bilhões para projetos de energias renováveis no Nordeste, com propostas aceitas até 15 de setembro. A iniciativa visa impulsionar a transição energética e a descarbonização no Brasil.