O BNDES e o Ministério do Meio Ambiente anunciaram R$ 210 milhões para revitalizar o Fundo Amazônia, priorizando parcerias com municípios na luta contra o desmatamento. A iniciativa visa reduzir pela metade a destruição florestal em estados críticos, beneficiando mais de 14 mil famílias com projetos sustentáveis.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério do Meio Ambiente anunciaram, no dia 12 de agosto, uma nova fase do Fundo Amazônia, com a destinação de R$ 210 milhões para iniciativas voltadas à conservação e ao combate ao desmatamento. O evento, que celebrou os 17 anos do programa, ocorreu em Manaus e trouxe uma abordagem inovadora, priorizando parcerias diretas com municípios.
Dos recursos anunciados, R$ 150 milhões serão alocados ao "Projeto União com Municípios pela Redução de Desmatamento e Incêndios Florestais". Esta iniciativa inédita visa estabelecer colaborações formais com 48 prefeituras em estados como Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima, com o objetivo de reduzir pela metade os índices de destruição florestal nessas regiões.
Além disso, R$ 60 milhões serão destinados ao projeto "Prospera na Floresta", que será executado pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS). Este projeto tem como foco o desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis, turismo comunitário e empreendedorismo local, beneficiando mais de 14 mil famílias. Nabil Kadri, superintendente de Meio Ambiente do BNDES, destacou a importância do empreendedorismo e do turismo para a preservação da sociobiodiversidade.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou do evento por videoconferência e ressaltou a complexidade e a inovação do Fundo Amazônia, que já beneficiou diversos grupos, incluindo povos indígenas e comunidades tradicionais. O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, explicou que os municípios poderão apresentar propostas de investimento, com acompanhamento técnico e diretrizes claras para garantir a efetividade das ações.
Atualmente, cerca de setenta municípios são responsáveis por mais de 50% do desmatamento na Amazônia. A seleção das localidades que receberão os recursos priorizará aqueles com maior impacto na preservação florestal. Capobianco enfatizou que o combate aos incêndios florestais é uma prioridade do governo federal, envolvendo uma coordenação interministerial para tratar do tema.
A reestruturação do Fundo Amazônia, que ficou sem aprovações de novos projetos entre 2019 e 2022, também atraiu novos doadores internacionais, elevando as doações contratadas desde 2023 para R$ 1,5 bilhão. Essa mobilização representa uma oportunidade para a sociedade civil se unir em prol da conservação da Amazônia, promovendo ações que podem impactar positivamente a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.

Uma expedição do ICMBio ao Arquipélago de Martim Vaz, a 1.200 km de Vitória, revelou mais de 100 espécies de peixes e seis de corais, além de investigar um possível novo peixe em águas profundas. A pesquisa, realizada em 17 dias, destaca a importância da preservação desse ecossistema intocado.

Em 2024, a taxa de desmatamento da Mata Atlântica caiu 2%, influenciada por eventos climáticos extremos. O Ibama propõe medidas para fortalecer a proteção do bioma, incluindo revisão de mapas e resoluções.

Estudo revela que em 2024, quatro bilhões de pessoas enfrentaram um mês extra de calor extremo, evidenciando os impactos das mudanças climáticas e a urgência de eliminar combustíveis fósseis.

O Brasil se prepara para liderar a COP30, com foco na redução da dependência do petróleo e na mitigação das emissões de metano, conforme destacado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A urgência da transição energética é evidente, e o país pode estabelecer uma regulação robusta para o setor de óleo e gás, aproveitando sua posição de destaque. Essa ação não apenas beneficiaria o meio ambiente, mas também traria ganhos econômicos e geopolíticos, alinhando o Brasil com as expectativas globais.

A Vivo se compromete a alcançar a neutralidade de carbono até 2035, reduzindo 90% de suas emissões diretas desde 2015, mas enfrenta desafios com as emissões indiretas, que representam 93% do total. A empresa engajou fornecedores intensivos em carbono, aumentando o comprometimento em ações climáticas de 30% para 87%.

O BNDES lançou um edital de R$ 10 bilhões para projetos de energias renováveis no Nordeste, com propostas aceitas até 15 de setembro. A iniciativa visa impulsionar a transição energética e a descarbonização no Brasil.