A Vivo se compromete a alcançar a neutralidade de carbono até 2035, reduzindo 90% de suas emissões diretas desde 2015, mas enfrenta desafios com as emissões indiretas, que representam 93% do total. A empresa engajou fornecedores intensivos em carbono, aumentando o comprometimento em ações climáticas de 30% para 87%.

O Brasil enfrenta um desafio significativo na descarbonização de sua economia, com muitas empresas estabelecendo metas de neutralidade de carbono até 2050. A Vivo, no entanto, se destaca ao definir um prazo mais curto, visando a neutralidade até 2035. Desde 2015, a empresa conseguiu reduzir suas emissões diretas em noventa por cento, mas ainda enfrenta dificuldades com as emissões indiretas, que representam noventa e três por cento do total.
Atualmente, a Vivo conta com cerca de mil e duzentos fornecedores, dos quais cento e vinte e cinco são considerados intensivos em carbono. Esses fornecedores estão no foco estratégico da Vivo para garantir que a descarbonização não encontre obstáculos. A empresa implementou uma estratégia para engajar esses fornecedores, aumentando o comprometimento em ações climáticas de trinta por cento para oitenta e sete por cento.
A diretora de Sustentabilidade da Vivo, Joanes Ribas, explica que a maioria dos fornecedores intensivos em carbono atua no ramo de instalação. Para reduzir as emissões, a Vivo oferece consultoria para a elaboração de inventários de emissão de carbono e definição de metas alinhadas com orientações científicas. Após um piloto em 2021, as empresas participantes perceberam que a redução do impacto ambiental também trazia eficiência financeira e reputacional.
Os contratos com fornecedores agora incluem cláusulas que exigem o controle de emissões e o cumprimento de metas de redução. Ribas destaca que esse compromisso deve ser público, pois a sociedade cobrará ações contínuas em prol do clima. A Vivo também se tornou integrante do Índice Dow Jones de Sustentabilidade, adotando iniciativas que alinham finanças e sustentabilidade.
Embora a empresa tenha emitido R$ 3,5 bilhões em títulos verdes em 2022, Ribas afirma que a inserção no mercado de carbono não será uma prioridade para compensar as emissões. Atualmente, as emissões diretas não evitadas estão sendo compensadas por meio de projetos de proteção da Floresta Amazônica. O objetivo é que, até 2035, as reduções totais atinjam pelo menos noventa por cento, com apenas dez por cento sendo compensados.
Essa abordagem da Vivo pode inspirar outras empresas a adotarem práticas sustentáveis. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que busquem a redução de emissões e a proteção ambiental. Projetos que promovam a sustentabilidade e a responsabilidade social devem ser incentivados, pois podem gerar um impacto positivo significativo na luta contra as mudanças climáticas.

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) solicita estudos adicionais e medidas de proteção antes da exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas, destacando a relevância ecológica da região. A Petrobras, com apoio do governo, busca licença ambiental, enquanto ambientalistas se opõem à atividade, que pode impactar ecossistemas sensíveis e modos de vida locais.

O VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países Lusófonos e o IX Encontro Nacional de Educação Ambiental do Ibama ocorrerão em Manaus, abordando justiça ambiental e emergência climática. Os eventos visam fortalecer a atuação do Ibama e promover diálogos sobre práticas transformadoras em Educação Ambiental.

Setenta por cento dos brasileiros apoiam o fortalecimento das leis ambientais, enquanto o presidente Lula tem 15 dias para decidir sobre o polêmico Projeto de Lei 2.159/2021, que flexibiliza o licenciamento ambiental.

Foi anunciado o Fórum de Líderes Locais da COP30, que ocorrerá no Rio de Janeiro de 3 a 5 de novembro, reunindo prefeitos e governadores para discutir soluções climáticas locais e financiamento. O evento, que antecede a conferência em Belém, visa destacar o papel das cidades na luta contra a crise climática e reforçar o multilateralismo.

Uma investigação da Reuters revelou que 24 dos 36 projetos de carbono na Amazônia estão associados a beneficiários com infrações ambientais, incluindo um esquema de legalização de madeira ilegal. Os projetos, validados por Verra e Cercarbono, expõem falhas no controle de qualidade do mercado voluntário de carbono, com penalidades que superam R$ 125 milhões. O caso de Ricardo Stoppe Junior, preso por liderar um esquema de lavagem de madeira, destaca a gravidade da situação.

Pesquisadores da EESC-USP estão desenvolvendo drones com sensores de gases e inteligência artificial para detectar incêndios florestais em São Carlos, visando uma resposta mais ágil e eficaz. A iniciativa, apresentada na FAPESP Week França, promete melhorar o monitoramento ambiental e a prevenção de queimadas, colaborando com a Defesa Civil e a prefeitura local.