A Academia Brasileira de Ciências (ABC) solicita estudos adicionais e medidas de proteção antes da exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas, destacando a relevância ecológica da região. A Petrobras, com apoio do governo, busca licença ambiental, enquanto ambientalistas se opõem à atividade, que pode impactar ecossistemas sensíveis e modos de vida locais.

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) solicitou a realização de estudos técnicos adicionais e a implementação de medidas para mitigar emissões e proteger os manguezais antes da autorização para a exploração de petróleo na margem equatorial do Brasil. Essa região, que inclui a bacia da Foz do Amazonas, está em um processo de licenciamento ambiental conturbado, com apoio do governo e resistência de ambientalistas. A ABC enfatiza que a decisão de abrir novas fronteiras para petróleo e gás deve ser considerada dentro do contexto das mudanças climáticas globais.
Atualmente, a Petrobras está em negociações com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para obter a licença ambiental necessária para perfurar o primeiro poço em águas profundas na bacia da Foz do Amazonas. Essa área é considerada a mais promissora da margem equatorial, que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, especialmente após as grandes descobertas de petróleo na Guiana.
A ABC destaca a importância da preservação dos ecossistemas locais, que são cruciais tanto ambiental quanto economicamente. A região abriga ambientes sensíveis, como recifes e manguezais, que são essenciais para a biodiversidade e a segurança alimentar das comunidades tradicionais. Em 2022, a pesca do pargo, uma das atividades econômicas locais, gerou exportações de quatro mil e seiscentas toneladas, representando a segunda maior receita do setor pesqueiro.
Os manguezais, que são uma das maiores extensões contínuas do planeta, desempenham um papel vital no sequestro de gases de efeito estufa. Embora ocupem apenas cerca de 1% da área florestal global, são responsáveis por aproximadamente 3% do carbono sequestrado por florestas tropicais. A ABC alerta que a conversão de áreas de manguezal para apoiar a indústria petrolífera pode liberar CO₂, aumentando a pegada de carbono associada à atividade.
A associação propõe que, caso a exploração seja autorizada, sejam implementadas medidas mitigatórias, como a criação de um fundo para programas de proteção ambiental e mitigação de emissões. A presidente da ABC, Helena Nader, afirmou que é essencial ampliar as pesquisas e fortalecer o monitoramento para garantir a proteção dos ecossistemas e das populações locais.
Nessa situação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a proteção ambiental e a mitigação dos impactos da exploração de petróleo. Projetos que promovam a preservação dos manguezais e a segurança alimentar das comunidades locais devem ser incentivados e apoiados por todos nós.

O Brasil se prepara para a COP-30 com compromissos climáticos ambiciosos, enfrentando desafios como desmatamento, queimadas e saneamento básico. Ações urgentes são necessárias para mitigar os impactos ambientais.

O agronegócio brasileiro se destaca na COP30, em Belém, com a AgriZone, parceria com a Embrapa, apresentando inovações sustentáveis e o Plano ABC+ para reduzir emissões de carbono. A conferência, que ocorrerá entre 10 e 21 de novembro, será uma vitrine das práticas agroambientais do Brasil, com foco em tecnologias que promovem a sustentabilidade e a segurança alimentar.

O Cânion Peruaçu, em Minas Gerais, foi reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco, sendo o primeiro sítio arqueológico mineiro a receber tal título. A decisão, anunciada em Paris, destaca a rica biodiversidade e os 114 sítios arqueológicos da região, com vestígios de até 12 mil anos. O reconhecimento deve impulsionar o turismo e a economia local, resultado de esforços conjuntos dos governos federal e estadual.

A Organização Meteorológica Mundial confirmou que 2024 é o ano mais quente já registrado, superando 1,5ºC em relação ao período pré-industrial. Municípios brasileiros carecem de soluções acessíveis.

Subhra Bhattacharjee, nova diretora-geral do FSC, destaca desafios e a COP30. A certificação florestal é crucial para combater o desmatamento e proteger comunidades.

Estudo revela a presença do mexilhão-verde (Perna viridis) em 41 locais da costa brasileira, incluindo áreas de conservação, exigindo ações urgentes de manejo e monitoramento. Pesquisadores alertam para os riscos à biodiversidade.