O Brasil se prepara para a COP-30 com compromissos climáticos ambiciosos, enfrentando desafios como desmatamento, queimadas e saneamento básico. Ações urgentes são necessárias para mitigar os impactos ambientais.

O Brasil, como sede da COP-30, reafirma seu compromisso com a redução das emissões de gases de efeito estufa, estabelecendo uma meta de diminuição de 59% a 67% até 2035, em comparação com 2005. O país também busca aprovar um marco legal para regulamentar o mercado de carbono, visando a desaceleração do aquecimento global. Além disso, enfrenta desafios significativos, como o combate ao desmatamento, com a meta de desmatamento zero até 2030, e a universalização do saneamento básico, que atualmente atende apenas 62,5% da população.
As queimadas no Brasil atingiram o pior índice em quatorze anos, com 278.229 focos registrados no último ano, um aumento de 46% em relação a 2023. O Ministério do Meio Ambiente aumentou em 25% o número de brigadistas para combater esse problema. O uso criminoso do fogo para desmatamento e grilagem é uma preocupação crescente, exigindo ações eficazes para prevenir e extinguir incêndios antes que se espalhem.
A restauração de ecossistemas é uma estratégia crucial para mitigar as mudanças climáticas, embora o alto custo do plantio direto seja um obstáculo. Especialistas sugerem que o Brasil deve investir em uma combinação de regeneração natural e intervenção humana, o que pode beneficiar também os produtores rurais. Estudos indicam que a restauração de florestas pode aumentar a rentabilidade a longo prazo, especialmente em fazendas de café.
A transição para uma economia verde requer um redirecionamento de investimentos públicos e privados. O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) apresentou um portfólio de investimentos que visa direcionar recursos para setores como energia, mobilidade elétrica e bioeconomia. O governo federal também criou novas unidades de conservação, que são essenciais para garantir funções ecossistêmicas e podem gerar renda através de pagamentos por serviços ambientais.
O acesso à água potável e ao tratamento de esgoto ainda é um desafio no Brasil, com milhões de pessoas sem destinação adequada para seus dejetos. A vulnerabilidade a desastres naturais é alarmante, com um em cada três municípios em risco de deslizamentos e inundações. O governo planeja instalar equipamentos de monitoramento de chuvas em todas as cidades vulneráveis até 2027, mas a atualização dos dados e a remoção de populações em áreas de risco são urgentes.
O Brasil possui grande potencial para a produção de biocombustíveis, mas enfrenta desafios financeiros e de imagem no exterior. A nova Lei de Licenciamento Ambiental pode impactar negativamente a sustentabilidade da produção agrícola. Para garantir a aceitação internacional, é fundamental que o país demonstre suas práticas sustentáveis. A união da sociedade civil pode ser um motor de mudança, apoiando iniciativas que promovam a recuperação ambiental e a sustentabilidade.

A Ambipar inicia testes com o biocombustível Be8 BeVant em Santa Catarina, visando reduzir até 99% as emissões de gases de efeito estufa em suas operações logísticas. A parceria com a Be8 reforça a busca por soluções sustentáveis.

Pesquisadores propõem Fundo de Royalties Verdes de US$ 20 bilhões para evitar exploração de petróleo na foz do Amazonas. A iniciativa visa compensar Estados e municípios, promovendo alternativas sustentáveis em meio a críticas sobre a exploração em áreas sensíveis.

A Biofábrica de Corais, em Porto de Galinhas, salvou 20% das colônias de corais após uma onda de branqueamento global, recebendo reconhecimento da Unesco como projeto exemplar na Década do Oceano.

Estudo revela que a interrupção do pastejo na Caatinga não recupera a saúde do solo. Pesquisadores sugerem adubação verde e plantio de árvores para restaurar ecossistemas degradados em Pernambuco.

Um vazamento de óleo no Rio Ribeira de Iguape gera alerta em cidades da divisa entre São Paulo e Paraná, com riscos à saúde e ao meio ambiente. Prefeituras orientam a população a evitar contato com a água.
Um tubarão anequim de aproximadamente 300 kg foi encontrado morto na praia Lagoa do Siri, em Marataízes, possivelmente atacado por um marlim. Especialistas alertam sobre os riscos de consumir animais marinhos encalhados.