Cientista Marina Hirota lidera pesquisa sobre umidade na Amazônia, revelando que 40% da água é reciclada entre julho e outubro, e que o desmatamento impacta a umidade e provoca secas extremas.
Um projeto de pesquisa liderado pela cientista Marina Hirota, da Universidade Federal de Santa Catarina, visa mapear e quantificar as interações entre a água na atmosfera, na superfície e no solo da Amazônia. Os dados obtidos são essenciais para compreender eventos climáticos extremos. A pesquisa busca rastrear a origem e o destino da umidade na região, que impacta a saúde das bacias hidrográficas e o regime de chuvas em várias partes do Brasil.
Hirota explica que é possível acompanhar o percurso da água, desde sua evaporação no Atlântico até sua precipitação e absorção pelo solo, além de seu retorno à atmosfera por meio da transpiração das plantas. Esse sistema também inclui a água subterrânea, que alimenta os rios. Compreender a quantidade de água em uma região e seu fluxo é fundamental para entender o ecossistema e como mudanças na vegetação podem gerar problemas em outras áreas, resultando em eventos climáticos extremos.
A pesquisadora destaca que o desmatamento em uma área pode afetar a atmosfera em outra, alterando a quantidade de chuvas e a alimentação dos rios. Os resultados preliminares da pesquisa indicam que a reciclagem de umidade na Amazônia é mais significativa entre julho e outubro, com um percentual de 40% de água reciclada, acima da média anual de 30%. Essa informação é crucial, pois a água que é elevada à atmosfera nem sempre retorna como chuva na mesma região.
Hirota alerta que a perda de árvores devido ao desmatamento ou queimadas reduz a capacidade de "bombeamento" de umidade para a atmosfera. Durante a conferência Amazonian Leapfrogging 3.0, a cientista apresentou os avanços da pesquisa, que utiliza dados de satélites e informações de campo para criar um modelo tridimensional que rastreia o movimento da umidade. Esse modelo permite entender como a umidade se dispersa e seus impactos nas bacias hidrográficas.
Os próximos passos da pesquisa incluem aprimorar o mapeamento da água subterrânea e o rastreamento da umidade nos rios. Essas informações são vitais para avaliar os impactos de perturbações no sistema, como secas extremas e mudanças no regime de chuvas. A pesquisa pode contribuir para a discussão sobre o abastecimento de água na agricultura e a segurança alimentar da população.
Iniciativas como a de Hirota são fundamentais para enfrentar os desafios climáticos na Amazônia. A união da sociedade civil pode ser decisiva para apoiar projetos que visem a preservação e a recuperação ambiental, garantindo um futuro mais sustentável para a região e para o Brasil.
A Defesa Civil de São Paulo alerta para temporais a partir de hoje, com riscos de deslizamentos e alagamentos. A população deve redobrar os cuidados, especialmente em áreas de risco.
Em 2024, a taxa de desmatamento da Mata Atlântica caiu 2%, influenciada por eventos climáticos extremos. O Ibama propõe medidas para fortalecer a proteção do bioma, incluindo revisão de mapas e resoluções.
O projeto de lei que altera o licenciamento ambiental no Brasil, aprovado no Senado, gera controvérsias ao incluir emendas que facilitam a exploração de petróleo e afetam a Mata Atlântica. Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, busca um debate mais amplo após tensões no Senado, enquanto a Frente Parlamentar Ambientalista expressa preocupações sobre as emendas, que podem comprometer a conservação ambiental.
Estudo revela que a interrupção do pastejo na Caatinga não recupera a saúde do solo. Pesquisadores sugerem adubação verde e plantio de árvores para restaurar ecossistemas degradados em Pernambuco.
Barragem de Panelas II, em Pernambuco, recebe R$ 11,5 milhões para conclusão, com previsão de término em junho de 2024. A obra beneficiará mais de 200 mil pessoas e reforçará a segurança hídrica na região.
A COP30, que ocorrerá em Belém de 10 a 21 de novembro, anunciou trinta mobilizadores de debates, incluindo Janja da Silva e Jacinda Ardern, para fortalecer ações climáticas globais. Os representantes atuarão em dez regiões e vinte setores estratégicos, facilitando a comunicação entre diferentes áreas e a presidência da conferência.