O Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, apresenta a exposição de Claudia Andujar, com 130 fotos dos Yanomami, em meio à urgência ambiental após a aprovação do "PL da Devastação". A mostra destaca a luta pelos direitos indígenas e a preservação da Amazônia.
Com a aproximação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP30, marcada para iniciar em 10 de novembro em Belém (PA), o Museu do Amanhã, localizado na Praça Mauá, no Rio de Janeiro, destaca a obra da fotógrafa e ativista Claudia Andujar. A exposição “Claudia Andujar e seu universo: Ciência, sustentabilidade e espiritualidade” apresenta 130 fotografias que retratam a cultura e o cotidiano dos povos Yanomami, realizadas a partir da década de 1970.
Claudia Andujar, natural da Suíça e residente no Brasil desde mil novecentos e cinquenta e cinco, é reconhecida por sua luta em defesa dos direitos indígenas, especialmente em relação ao povo Yanomami. A mostra, curada por Paulo Herkenhoff, também inclui obras de outros artistas, como Cildo Meireles e Sebastião Salgado, e busca criar um diálogo sobre a importância da preservação ambiental e dos direitos dos povos nativos.
A exposição é parte da Ocupação Esquenta COP, que também apresenta as mostras “Água Pantanal fogo”, com fotografias de Lalo de Almeida e Luciano Candisani, e “Tromba d’água”, que reúne obras de artistas da América Latina. A urgência do tema ambiental é ressaltada pela recente aprovação do "PL da Devastação", que flexibiliza regras de licenciamento ambiental, conforme destacado pelo curador Eder Chiodetto.
Claudia Andujar, aos noventa e quatro anos, enfatiza a importância da visibilidade das fotos para a luta dos Yanomami. Em suas palavras, “a circulação das fotos é importante para que o povo yanomami mantenha seus direitos e consiga permanecer unido”. A artista acredita que a falta de compreensão sobre a cultura Yanomami por parte dos governos brasileiros dificulta a luta pela preservação de suas terras.
O curador Paulo Herkenhoff descreve a exposição como uma instalação que reflete a diversidade dos temas abordados, comparando o espaço expositivo a um rio da Amazônia, repleto de meandros. A expografia, elaborada por Leila Scaf Rodrigues, utiliza cores vibrantes para criar uma “Aquarela do Brasil”, proporcionando uma experiência imersiva ao visitante.
Em um momento crítico para o meio ambiente, a união em torno de causas como a preservação das terras indígenas e a proteção dos biomas brasileiros é fundamental. Projetos que promovem a conscientização e a defesa dos direitos dos povos nativos devem ser incentivados pela sociedade civil, pois a luta pela preservação ambiental e pelos direitos humanos é uma responsabilidade coletiva.
O Brasil se destaca como um polo de investimento em soluções baseadas na natureza, com projetos avaliados em US$ 12 bilhões, segundo Tony Lent, cofundador da Capital for Climate. Atraindo interesse global, o país apresenta oportunidades lucrativas em reflorestamento e recuperação de pastagens degradadas, essenciais para mitigar emissões de carbono e preservar a biodiversidade.
O Projeto Tubarões da Baía da Ilha Grande recebeu R$ 5 milhões do Programa Petrobras Socioambiental para expandir pesquisas e ecoturismo sustentável. A iniciativa, coordenada pelo Ibracon, monitora espécies ameaçadas como o tubarão galha-preta.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu a inclusão dos povos originários nas discussões sobre terras raras e reafirmou o veto do presidente Lula a trechos prejudiciais do PL de licenciamento ambiental. Silva destacou a urgência das ações climáticas e os compromissos do governo para a COP30, enfatizando a necessidade de consentimento prévio das comunidades afetadas.
Desmatamento de 5.000 hectares na mata atlântica em Santa Catarina gera disputa judicial entre o Ibama e a Klabin, que obteve liminar suspendendo embargos e multas enquanto novas áreas desmatadas foram identificadas.
Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) criaram a cisterna móvel, inspirada em plantas xerófilas, para captar água em regiões áridas, visando mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
A COP30 inicia em Bonn, Alemanha, enquanto o Brasil enfrenta contradições ao leiloar blocos de petróleo. A falta de hospedagem em Belém levanta preocupações sobre a logística do evento. O Brasil busca liderar a eliminação de combustíveis fósseis, mas o leilão de 172 blocos de petróleo revela tensões internas. A COP30 pode ser prejudicada pela escassez de acomodações e pela insatisfação de países em desenvolvimento com o financiamento climático.