O Brasil lançou a nova Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade, visando fortalecer a proteção ambiental com metas ambiciosas e implementação eficaz. Especialistas destacam a urgência de ações integradas e financiamento para enfrentar as pressões sobre a biodiversidade.
A nova Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade (EPANB) foi publicada com o objetivo de fortalecer a proteção da biodiversidade no Brasil. O documento busca direcionar recursos financeiros e apoio político para garantir a conservação e o uso equilibrado dos recursos naturais, envolvendo ações de diversos setores, tanto públicos quanto privados. Especialistas como Michel Santos, da WWF-Brasil, e Alexander Turra, da Universidade de São Paulo, destacam a importância dessa estratégia para alinhar o Brasil aos compromissos internacionais de conservação.
Michel Santos afirma que a EPANB representa um avanço significativo, alinhando as políticas nacionais às deliberações da Comissão Nacional da Biodiversidade (Conabio) e ao Marco Global da Biodiversidade, adotado na COP-15. Ele ressalta que o processo participativo na construção da EPANB reflete a necessidade de inclusão e corresponsabilidade na agenda global de biodiversidade, marcando uma retomada da prioridade do tema no Brasil.
Por outro lado, Alexander Turra aponta que, apesar do alinhamento teórico com os compromissos internacionais, a implementação efetiva ainda enfrenta desafios. Ele menciona que, atualmente, cerca de 26% das áreas marinhas brasileiras estão protegidas, mas muitas unidades de conservação carecem de planos de manejo e gestão adequados. O professor destaca a necessidade de um esforço conjunto para garantir que as áreas protegidas sejam bem conectadas e representativas da biodiversidade.
Ambos os especialistas concordam que a EPANB deve ser aprimorada, especialmente em relação ao financiamento e à integração com outras políticas públicas, como agricultura e infraestrutura. Santos enfatiza que a implementação da estratégia requer medidas de longo prazo que articulem conservação, inclusão social e desenvolvimento sustentável, além de um fortalecimento da governança ambiental.
Os desafios são amplos, com pressões contínuas sobre a biodiversidade, como atividades ilegais e mudanças climáticas. Santos menciona que a aprovação do "PL da Devastação" pode intensificar a perda de biodiversidade, mas acredita que a EPANB representa um caminho promissor para enfrentar esses problemas. Turra complementa que é essencial fortalecer as instituições responsáveis pela implementação das políticas públicas para garantir a eficácia da EPANB.
Com a EPANB, o Brasil tem a oportunidade de liderar uma nova fase na agenda ambiental global, promovendo soluções integradas que respeitem sua diversidade sociobiológica. A mobilização da sociedade civil é crucial para apoiar iniciativas que visem a proteção da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável, mostrando que a união pode fazer a diferença em momentos críticos.
A Apib destaca a demarcação de terras indígenas como crucial para o clima. Celebridades apoiam a causa, alertando sobre ameaças e consequências ambientais.
Operação do Ibama, Polícia Federal e ICMBio apreende redes e petrechos de pesca ilegais entre Passo de Torres e Jaguaruna, destacando o compromisso com a conservação ambiental no litoral de Santa Catarina.
Em maio de 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou sua pior crise ambiental, com chuvas que afetaram 2,3 milhões de pessoas e resultaram em 173 mortes, revelando falhas na gestão urbana e ambiental. Pesquisadores do Cemaden e da Unesp publicaram um estudo que analisa as causas da tragédia, destacando a combinação de eventos climáticos extremos e urbanização desordenada.
Pesquisadores brasileiros publicaram um estudo na Nature que quantifica o impacto da expansão agrícola e urbana nas populações de peixes do Alto do Rio Paraná, afetando a economia pesqueira local.
Pesquisadores da USP e Unesp revelam que a combinação dos pesticidas acefato e diuron desregula membranas celulares de mamíferos, aumentando riscos à saúde. O estudo destaca a necessidade de regulamentação e prevenção.
Operação Ágata Decápoda II apreende 10.100 kg de pescado ilegal na Lagoa dos Patos, com multas de R$ 2,54 milhões e autuações por fraude fiscal. A fiscalização é crucial para a preservação.